(André Brant)
Correria e improviso marcaram a véspera do Dia das Crianças, no Centro de Belo Horizonte. Os pais que deixaram para comprar na última hora precisaram enfrentar lojas lotadas e muitos saíram sem o presente encomendado pelos filhos. Desde segunda-feira, os bonecos dos palhaços Patati Patatá e da Galinha Pintadinha já haviam esgotado na loja Thaís Presentes, no shopping Uai. De acordo com a gerente, Thaís Larissa Rodrigues Martins, a aposta, agora, é nos carrinhos e bonecas Barbie, considerados os preferidos da meninada. “Em outubro, nossas vendas aumentam cerca de 70% em relação aos demais meses do ano. Investimos no bom atendimento, fornecemos sacolas e papel de presente para nos diferenciarmos da concorrência”. Apesar do saldo positivo, a gerente ressalta que, neste ano, o consumidor mostrou-se mais cauteloso na hora da compra. “No ano passado, nossas vendas foram um pouco melhores. Os clientes agora estão pechinchando mais, buscando mercadorias quase a preço de custo. Muitos pais também optaram por não trazer as crianças, o que para a gente é desvantagem”, destaca Martins. Preços salgados A cabeleireira Natália Fernandes da Rocha veio com a família de Itabira, na Região Central de Minas Gerais, para passar o feriado em Belo Horizonte e aproveitou para comprar os presentes dos filhos de seis e três anos. Pela primeira vez, ela e o marido anteciparam as compras. “Os brinquedos estão muito mais caros, em relação ao ano passado, e geralmente não encontramos o que queremos. Foi bom ter antecipado, dessa vez”, reflete Rocha. Segundo dados do Pyxis Consumo, ferramenta do Ibope Inteligência, até o final do ano, os brasileiros deverão gastar R$ 6,02 bilhões em brinquedos, 14% a mais do que no ano passado. Quase metade desses gastos (46,5%) serão da classe B, que apresenta maior potencial de consumo. Na outra ponta, estão as classes D e E, responsáveis por apenas 5,85% do consumo. Alternativa A movimentação no Centro da cidade também favoreceu a loja de enxoval infantil Caverna do Dino. Para a gerente Kátia Aparecida da Silva Landim, o balanço seria ainda melhor se o estabelecimento vendesse brinquedos, mas o resultado agradou. “A presença maior de mães na região teve reflexo na loja e nosso movimento aumentou muito, estamos com a casa cheia”, comemora a gerente.