Lojista aposta no Natal da recuperação em Belo Horizonte

Raul Mariano - Hoje em Dia
18/11/2014 às 08:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:03
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Depois de um ano de baixo desempenho nas vendas, comerciantes de Belo Horizonte apostam no Natal da recuperação. Cerca de 41% dos empresários entrevistados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) acreditam que a data vai ser positiva para o setor. Outros 35,5% projetam vendas iguais. Para 23,5%, o desempenho será ruim ou péssimo.

O setor de calçados e artigos para viagem é o mais otimista, com 61,8% dos empresários confiantes de que o faturamento será superior. Em seguida, material esportivo (58,3%) e perfumaria (55,6%) são os mais otimistas.

O economista da Fecomércio, Gabriel Ivo, explica que os lojistas vão ter que apostar nas liquidações, promoções e formas de pagamentos flexibilizadas.

“A nossa expectativa é a de que as vendas deste ano sejam equivalentes ou, no máximo, 5% maiores do que as do ano passado. A inflação e a inadimplência estão impactando as datas comemorativas”, avalia Ivo.

Para José Maia, proprietário de uma loja de calçados no bairro Santa Efigênia, na capital, se houver um aumento de 5% no faturamento, o resultado já será bastante positivo. “O ano não está sendo bom. O mês de setembro foi o único com desempenho melhor do que o mesmo mês do ano passado”, comenta o empresário.

Prioridades

Ao contrário do que aconteceu em 2013, quando as opções de compra estavam ligadas a produtos tecnológicos, como smartphones e tablets, o consumidor deve optar por produtos de maior necessidade, como roupas e calçados.

O estudo aponta ainda que o ticket médio esperado pela maioria dos empresários é de R$100. Apenas 3,1% dos lojistas esperam um ticket entre R$ 300,01 e R$ 500,00.

O pagamento à vista será a escolha de 50,7% da clientela, segundo a pesquisa realizada pela Fecomércio junto aos consumidores. Os descontos vão pesar no momento de decisão do consumidor, já que o preço foi identificado como prioridade para 41,9% dos entrevistados.

Para os setores de informática (58,3%), livrarias e papelarias (52,9%) e produtos alimentícios (51,7%), as expectativas de vendas no Natal permanecem iguais às de 2013. Somente os setores tecidos, telefonia e decoração projetam queda.

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