Los Angeles apresenta mostra sobre Stanley Kubrick

Agência Estado
16/11/2012 às 11:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:20
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

Há certas coisas que só os mais cinéfilos entendem o fascínio. Deparar-se com o monolito de "2001 - Uma Odisseia no Espaço" e se emocionar é uma delas. Parte integrante da mostra Stanley Kubrick, em cartaz até janeiro no LACMA (Museu da Cidade de Los Angeles), o monolito é um dos pontos altos do percurso que refaz, em cerca de mil objetos, a trajetória de um dos mais geniais diretores de todos os tempos, Stanley Kubrick.

A bem da verdade, o monolito em exibição no LACMA não é o mesmo filmado no longa de 1968, mas sim uma das peças do artista plástico John McCracken. Não é por acaso que sua obra inspirou Kubrick (1928-1999), que criou o monolito pensando exatamente (emprestando as palavras do artista ) "neste objeto físico que aparenta ser não físico, alucinatório, holográfico". Assim como McCracken, o diretor americano queria criar para 2001 "algo que sugerisse a coexistência de mais de uma dimensão do mundo, que existisse materialmente em nosso mundo, mas que fosse imaginário em outra dimensão, em que o imaginário fosse também real".

Foi assim que a obra foi parar em um dos maiores clássicos do cinema. E intrigou gerações por sua enigmática presença. E intriga ainda hoje. Principalmente a quem tem a oportunidade de visitar a Stanley Kubrick. Aberta até meados de 2013, a mostra traz esse e outros tesouros que fazem parte da história da filmografia do diretor inglês. Está (quase) tudo lá. Das fotos que o jovem Kubrick realizou em início de carreira para a revista Look aos roteiros rabiscados de "Nascido para Matar", "Lolita" e o rico figurino de Barry Lyndon, passando pelas máscaras usadas em "De Olhos Bem Fechados".

Mais que acompanhar uma organização cronológica de objetos, quem visita o LACMA percorre a trajetória emocional de Kubrick e descobre a história por trás de dezenas de pequenos-grandes objetos que ele guardou em caixas por décadas. Para o idealizador da mostra em Los Angeles, Terry Semel, ainda que a exibição dos objetos fosse impossível se o diretor estivesse vivo, por seu caráter extremamente pessoal, "não foi à toa que Kubrick guardou tudo isso". Semel, ex-executivo da Warner Bros. e atual codiretor do conselho administrativo do LACMA, também doou vários objetos de seu acervo pessoal para a exposição. Não por acaso ele conheceu muito bem o gênio de Kubrick, uma vez que a Warner esteve com o diretor por quase trinta anos. A parceria começou com Laranja Mecânica, em 1971, e só terminou em 1999, com De Olhos Bem Fechados, lançado quatro meses após a morte do diretor. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
http://www.estadao.com.br

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