
Puxada principalmente pela conta de luz e pela alimentação fora do lar, a inflação em Belo Horizonte apresentou variação positiva de 0,13% em novembro. No ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, acumula alta de 3,32%, patamar abaixo do centro da meta de inflação estipulado pelo governo federal, de 4,5%.
Segundo os dados divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), dentre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, o maior destaque foi a alta de 2,27%, no mês, para a alimentação em restaurante. No ano, a elevação chega a quase 4%.
Uma das explicações para o aumento da conta do almoço fora da residência está nos reajustes frequentes do gás de cozinha. Segundo proprietários de bares e restaurantes, o valor do produto já representou 3% dos custos de uma refeição. Hoje, supera os 6% em alguns estabelecimentos.
No ano, o preço médio do botijão no país acumula alta de 17,7%, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). E é bom o consumidor preparar o bolso porque ontem a Petrobras avisou que elevará os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) envasado pelas distribuidoras em mais 8,9%.
O reajuste, que vale a partir de hoje, foi motivado principalmente devido à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, segundo nota divulgada pela estatal.
Luz
Outra conta que tem pesado no orçamento do belo-horizontino é a de energia elétrica. Segundo o Ipead, a luz ficou 3,30% mais cara na capital em novembro. Gastos com celular também subiram 3,5%.No sentido oposto, destacaram-se as quedas 2,59% para alimentos in natura e de 2,42% para vestuário e complementos.
A cerveja vendida em supermercados ficou 7,6% mais barata. Já no bar, o preço subiu 0,37%.