Método estudado na UFMG pode facilitar diagnóstico correto de zika vírus

Da Redação
12/08/2019 às 12:47.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:57
 (Divulgação / Universidade de Purdue)

(Divulgação / Universidade de Purdue)

Uma metodologia adaptada na UFMG poderá trazer resultados mais confiáveis ao diagnóstico de zika vírus. Trata-se do PCR digital em gotas, sistema que passou a ser utilizado para isolar e avaliar o vírus de pacientes infectados, dando detecções mais fiéis. 

De acordo com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da instituição, os atuais meios de descobrir a infecção podem dar resultados incorretos, positivos ou negativos. Por isso, a alternativa foi usar a PCR digital em gotas que, por ser mais mais sensível, traz respostas mais confiáveis.

Desenvolvida por Priscila Nogueira Boggione Guimarães, junto ao curso de Mestrado Profissional em Microbiologia Aplicada, a pesquisa foi orientada pelo professor Jônatas Santos Abrahão, em parceria com o laboratório de análises clínicas Instituto Hermes Pardini.

O método PCR digital em gotas já é utilizado para identificar mutações de um gene relacionado ao adenocarcinoma de pulmão (tumor maligno). Assim, através do uso desta metodologia foi capaz de detectar com precisão o RNA do zika vírus no sangue, inclusive em baixas cargas virais.

“A novidade desse estudo é que ele mostra um melhor desempenho do PCR digital em gotas também para a detecção do zika vírus em baixas cargas virais, características dos períodos iniciais e finais da infecção”, afirma a mestranda.

Segundo a pesquisadora, se validada a aplicação deste método, ele poderá substituir o atual em várias circunstâncias e ajudar no diagnóstico precoce da infecção. Para mulheres grávidas, tendo em vista o desenvolvimento da microcefalia em bebês, isso se torna de grande importância, além de poder auxiliar na prevenção de possíveis epidemias.

A zika

Doença viral cujos sintomas são facilmente confundidos com arboviroses semelhantes, como chikungunya e dengue, vários casos de zika podem passar despercebidos. Além disso, os períodos iniciais e finais da doença possuem baixa carga viral, que não são detectados pelo método atual.

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