M2: o caçula da linhagem esportiva da BMW que ronca como gente grande

Marcelo Ramos (*)
miramos@hojeemdia.com.br
10/06/2016 às 19:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:50
 (BMW)

(BMW)

INDAIATUBA (SP) – Toda grande marca de automóveis se reserva o direito de ter uma sigla para designar a linha esportiva. No caso da BMW, uma letra só já basta. No caso, a consoante “M”, que, pessoalmente, acho perfeita para a ocasião. Combinado com um algarismo, cria um significado mágico, desde o fim da década de 1970, quando os engenheiros de Munique apresentaram o imortal M1. Letra e número são símbolo de alto desempenho e experiência ao volante proibida aos fracos. De lá para cá, todo BMW infernal passou a ter o “M” cravado na lataria, caso do novíssimo M2 Coupé.

Apresentado no ano passado, o M2 chega com a missão não apenas de suceder o M1 Coupé, mas também de manter viva a essência da primeira geração do M3, de 1986. Ou seja, um modelo compacto, de entre-eixos curto, suspensão firme e motor atlético.

Agora, o carro chega ao Brasil ao preço sugerido de R$ 379.950. É preciso reconhecer que é uma pequena fortuna para qualquer automóvel, mas vale lembrar que o M2 Coupé é carregado de atributos capazes de cativar quem pode pagar esse valor num carro e busca um legítimo esportivo.

O BMW M2 chega ao Brasil sem nenhuma pretensão de se tornar líder de vendas. Pelo contrário, a julgar pelos volumes de seus irmãos de chancela – como M3 e M4, que no ano passado emplacaram pouco mais de 200 unidades, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeifa). Dessa forma, podemos esperar um volume de aproximadamente 50 unidades este ano.

Mas o que importa é que o M2 um esportivo nato. A união de uma carroceria compacta para os padrões de um cupê esportivo (4,46 metros e), aliado a um conjunto mecânico que faz uso da popular unidade seis cilindros em linha 3.0, dotada de dois turbocompressores que geram 365 cv e 46,5 mkgf de torque, acoplada à uma transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas M DTC. Resultado: respostas muito rápidas.

E como se trata de um esportivo à moda antiga, o M2 não quer saber de tração integral e toda a força é distribuída para as rodas traseiras. Caso o proprietário tenha habilidade – e juízo suficiente –, é possível desativar o controle de tração e segurar o bicho na unha.

Todos esses números correspondem a uma aceleração de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos (4,3 na opção com caixa manual de seis marchas) e velocidade máxima, limitada eletronicamente, em 250 km/h.

Mas não se trata apenas de motor, o Série 2 (modelo que lhe serve de base) teve estrutura totalmente revista e ganhou mais rigidez, suspensão reforçada nos parâmetros dos irmãos M3 e M4, assim como impressionante sistema de freio com discos em alumínio e enormes pinças que mordem como se fossem rottweiler.

Comodidade

Por outro lado, o cupê também goza das benesses da modernidade, com sistema de gerenciamento eletrônico completo, para que o M2 se ajuste às necessidades de condução, desde a carga dos amortecedores ao regime do motor. Assim, consegue ser dócil no cotidiano, mas não espere suavidade, pois o cupê é duro como um porrete.

Ainda oferece assistente de condução ativa (ACC), que monitora os veículos à frente, ajusta a velocidade mantendo margem de segurança, câmera e sensores de estacionamento, sistema de entretenimento, ar-condicionado digital de duas zonas, GPS função Start/Stop e tudo mais que sua porção carro de luxo exige.

(*) Repórter viajou a convite da montadora.

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