Mais da metade dos empresários do comércio teme nova onda de Covid

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
29/08/2021 às 13:18.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:46
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O receio de que uma nova onda volte a fechar o comércio mineiro é compartilhado por 58,5% dos empresários do Estado. Caso esse cenário se confirme, 64,1% dos entrevistados acreditam ter condições de manter seu negócio funcionando, sendo 34,5% por até seis meses e 35,5% por mais de um semestre. Esses dados compõem a quarta edição da pesquisa de opinião “Impactos do novo coronavírus na atividade econômica”, elaborada pela Fecomércio-MG.

O economista-chefe da Federação, Guilherme Almeida, pontua que a cautela dos empresários reflete os desafios enfrentados ao longo da pandemia de Covid-19. “Apesar da retomada das atividades econômicas, muitos negócios ainda estão lutando para recuperar os prejuízos causados pela crise sanitária, e uma possível nova onda reforça essa preocupação”, avalia.

Não por acaso, 45,5% dos empresários precisaram manter seu estabelecimento fechado em decorrência das restrições causadas pela pandemia. Dentre esse grupo, 81,8% ainda sofrem com os impactos da crise sanitária, com destaque para fatores como a queda na receita (93,9%), o acúmulo de estoque (33,1%) e a perda de funcionários (24,3%).

Segundo o levantamento, 37,2% dos empresários apresentaram problemas de liquidez e falta de recursos, sendo que 43,7% solicitaram empréstimos ou crédito junto às instituições financeiras para honrar seus compromissos.

Contenção de custos

Mesmo diante da reabertura do comércio, 51,8% consideram que o fluxo de clientes não retornou ao nível pré-pandemia. Além disso, 61,8% entendem que o fluxo também não retornou ao esperado. Para driblar a crise, mais da metade dos empresários (53,5%) precisou conter os gastos para manter as atividades. Entre as medidas adotadas estão a redução dos pedidos de estoque (43,75), a negociação de contratos (17,1%) e o corte no quadro de funcionários (3,3%).

Apesar desse cenário, a maioria dos empresários não precisou demitir (67,6%). No entanto, 41,3% adotaram alguma medida do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Entre os destaques estão a redução proporcional de carga horária e salário dos empregados (66,5%), a antecipação das férias (52,4%) e a suspensão do contrato de trabalho (38,4%).

O economista-chefe explica que o avanço na vacinação pode contribuir para a recuperação da economia. “Desde que acompanhada pela melhora dos indicadores macroeconômicos, a imunização contra a Covid-19 e a manutenção dos protocolos sanitários pode contribuir para um cenário mais promissor no segundo semestre, marcado por datas comemorativas relevantes para o comércio varejista”.

A pesquisa de opinião “Impactos do novo coronavírus na atividade econômica” foi realizada entre os dias 26 de julho e 4 de agosto 2021, com 398 empresas do comércio varejista, atacadista e de serviços de Minas Gerais.

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