Malta - Um segredo muito bem guardado

Homero Gottardello - Do Hoje em Dia
04/07/2012 às 20:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:19
 (Divulgação)

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Malta não é, exatamente, um dos destinos prediletos das operadoras de turismo, mas o pequeno arquipélago, que fica no centro do Mar Mediterrâneo, 93 quilômetros ao sul da Sicília, é um dos mais bem guardados segredos da Europa e desvenda suas riquezas históricas e naturais em poucos dias. Suas ilhas são habitadas desde 5.200 a. C. e sua localização estratégica despertou a cobiça de fenícios, gregos, romanos, bizantinos, árabes, normandos, turcos, franceses e ingleses, que se revezaram no domínio de suas ilhas desde 1.000 anos a. C.

A Ordem de Malta (ordem militar cristã hospitalária) foi responsável pela construção de suas principais fortificações, como os Fortes de Santo Ângelo e Sant’Elmo, bem como a fundação da capital do país, La Valletta – homenagem ao herói da Ordem de São João, Jean Parisot de la Valette (1494-1568), que comandou a resistência contra os otomanos, durante o Cerco de Malta, 1565.

A herança portuguesa também se faz presente neste destino: o grão-mestre Manuel de Vilhena (1663-1736) – cujo pai, Sancho Manuel de Vilhena, combateu os holandeses no Brasil – construiu o Forte e o Teatro Manuel, segundo mais antigo da Europa, que ainda se encontra em funcionamento.
Outro português, Manuel Pinto da Fonseca (1681-1773), foi responsável pela conclusão do Albergue de Castela, da Universidade local e da reconstrução da sede do governo maltês.

Apenas três das ilhas que formam o arquipélago são habitadas, Malta, Gozo e Comino, e sua história riquíssima permite uma verdadeira viagem no tempo entre uma ida à praia e banhos de sol. E o melhor de tudo isso é que sua dimensões permitem que o turista conheça todos os seus cantos, com muita segurança e gozando da simpatia de um povo para quem “merbha”, “hello” e “ciao” servem para dizer olá ao visitante.

La valletta

A maior cidade de Malta é Birkirkara, mas La Valletta é a capital. E que capital: a cidade, tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, é belíssima, combinando charme e imponência em suas ruas e vielas. O colorido é outro destaque maltês, com lojas e balcões que dão vida às construções de pedra que predominam no cenário. O azul do mar se desvenda no final de cada uma delas, abrindo caminho para uma imersão histórica e gastronômica, bem como para as compras.

Sua posição entre a África e a Europa ainda hoje aquece seu comércio, principalmente joalherias, bancos e restaurantes. Suas indústrias naval, pesqueira e calçadista também têm destaque, mas o país é quase que dependente do turismo. Apenas para o leitor ter uma ideia, os malteses produzem apenas 20% dos alimentos consumidos no país e têm na água potável um recurso extremamente limitado.

A Republic Street concentra a maior parte da vida de La Valleta e nela estão os melhores estabelecimentos comerciais. É lá que fica a Co-Catedral de São João (de 1578), cuja fachada lembra um edifício militar e o interior suntuoso foi decorado por Mattia Preti (1613-1669), “Il Cavalliere Calabrese”, um dos mestres do Barroco.

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