Manifestantes pedem a saída de Dilma e Pimentel e distribuem laranja na Savassi

Giulia Mendes - Hoje em Dia
08/06/2015 às 13:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:23
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Cerca de 30 pessoas de oito grupos populares fizeram uma manifestação no início da tarde desta segunda-feira (8) na avenida Cristóvão Colombo, na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em frente ao Servas. Eles pedem o fim da corrupção, a saída da presidente Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel. Participaram representantes dos movimentos Vem Pra Rua, Minas Sem PT, Patriotas, Basta Brasil, Brava Gente, Indignados, Pró-Brasil e BH Sem Corrupção.

A esposa de Pimentel, Caroline Oliveira, é quem comanda o Servas, o Serviço Voluntario de Assistência Social do Estado. Os manifestantes distribuem laranjas para quem passa a pé, nos ônibus e carros e carregam uma faixa com os dizeres: "Primeira dama laranja do Pimentel", fazendo referência à operação Acrônimo, da Polícia Federal.

O estudante de Direito Thiago Barbastephano, de 28 anos, estava passando pela rua e resolveu se juntar ao movimento. Ele também soube da mobilização pelas redes sociais e na sala de aula. "Repudio qualquer tipo de corrupção, por parte de qualquer partido. Quero um país com um pouco de dignidade e que as investigações aos corruptos continuem".

Operação Acrônimo

No dia 29 de maio a Polícia Federal fez  buscas em imóvel da primeira-dama de Minas Gerais, Caroline Pimentel, casada com o governador Fernando Pimentel (PT). A ação aconteceu em um apartamento da Asa Sul, em Brasília, e integrou a Operação Acrônimo, que investiga esquema e lavagem de dinheiro envolvendo colaboradores da campanha do petista ao Palácio Tiradentes, em 2014.

Caroline Oliveira até 2014 ocupava esse apartamento. Foi esse o imóvel objeto de um dos 90 mandados de busca e apreensão expedidos a pedido da PF pela Justiça Federal de Brasília. De acordo com a revista "Época" do ano passado, Carolina montou uma empresa, a Oli Comunicação, e mantinha amizade com a mulher do empresário detido, conhecido como Bené e que atua no ramo de gráficas e organização de eventos. A Oli, segundo a revista, foi contratada pelo PT.

Na data, em nota oficial, o advogado de Carolina Oliveira informou que ela tomou conhecimento das investigações realizadas pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, "mas viu com surpresa a operação de busca e apreensão realizada em sua antiga residência, em Brasília. Carolina acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas", informou a nota.

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