O medo de ser vítima de criminosos tem deixado brasileiros receosos em receber pesquisadores que estão detalhando o comportamento do novo coronavírus no Brasil. A Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 (PrevCov) é realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com instituições, e está na segunda fase.
Nessa etapa, o levantamento é feito na casa dos voluntários mapeados pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Covid-19.
A coleta do material precisa ser feita presencialmente, já que é feito o exame IgG, que identifica se a pessoa já foi contaminada, se tem anticorpos ou se já desenvolveu resposta imunológica após tomar a vacina. Porém, muitas pessoas têm receio de estar abrindo a porta para criminosos - vale lembrar que algumas estratégias de ladrões é bater na casa de moradores e dizer que faz parte de algum serviço público.
Poliana Amaral, gerente de Operações do grupo Pardini, um dos parceiros no levantamento, diz que “é seguro receber os profissionais que estão fazendo a pesquisa. Todos são identificados com crachá, carregam um questionário e utilizam todas as medidas sanitárias contra a doença”.
A previsão é que mais de 211 mil brasileiros participem do estudo, em 62 mil domicílios espalhados por 274 municípios do país.
Em Minas Gerais, estão sendo coletadas amostras de moradores da capital e de mais 14 cidades da região metropolitana. Todo material é encaminhado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vai fazer a análise e compilar todos os dados.
A expectativa é que a coleta esteja concluída até o início de outubro.O levantamento vai ajudar a aperfeiçoar as ações de saúde pública, de prevenção e combate à Covid-19.
Acompanhe a entrevista na íntegra.