Mercado pet já fatura R$ 21 bilhões; crescimento é de 6,9% ao ano

Tatiana Moraes e Lucas Simões
08/03/2019 às 22:10.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:54
 (LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

O mercado de pets vive uma efervescente expansão. Com crescimento de 6,9% nos últimos dois anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a indústria e os petshops têm ido além de artigos convencionais e investido em mimos como sorvete, geleia e até cerveja para animais.

No ano passado, o setor de pets alcançou faturamento de R$ 21,77 bilhões, sendo que 68,6% desse montante é referente a produtos para nutrição animal. Mas não só a convencional ração e os tradicionais petiscos para cães e gatos.

Na Padaria Pet, aberta há um ano no Buritis, região Oeste de Belo Horizonte, o proprietário Marcelo Tadeu Zamana decidiu investir, até o momento, em 18 itens diferenciados. Entre eles, pipoca, café, cerveja e biscoitos naturais — como o de alecrim, voltado para cães e gatos mais agitados. Todos os alimentos são naturais, sem conservantes, e elaborados com a supervisão de nutrólogos, veterinários e engenheiros de alimentação animal.

“A gente queria investir em um ramo que está em alta e, mais do que isso, focar na questão da saúde. O diferencial da Padaria Pet é oferecer opções 100% saudáveis e a um preço acessível”, diz Marcelo. 

A linha básica de petiscos, por exemplo, varia de R$ 0,50 a R$ 15, enquanto os bolos especiais para cães e gatos saem a R$ 15 a unidade.

A Padaria Pet ainda oferece um espaço para festa de aniversário dos animais, com piscina de bolinha e uma variedade de brinquedos. “Hoje, percebemos que as famílias tratam os pets como filhos, querem mimar e oferecer mais do que ração. A procura tem sido boa para as festas de aniversário”, completa o proprietário.

A sócia do Pet Vip, Liliane Alves, pesquisou bastante antes de bater o martelo e optar por abrir um petshop na área central de Belo Horizonte. 
“Estava procurando algo para investir e me deparei com os números do mercado de petshops. É um mercado que não tem crise. A pessoa deixa de ir ao salão, mas não deixa de dar banho no cachorro”, afirma.

Inaugurado há pouco mais de um ano, o estabelecimento tem cerca de 250 clientes fiéis e aumenta o faturamento todos os meses. Para 2019, a expectativa de Liliane é a de elevar em aproximadamente 30% a receita, na comparação com o ano passado.

Além dos serviços comuns, como banho e veterinário, no Pet Vip o cliente encontra itens inusitados, como macarrão, molho e vinho para os animais. “Alguns clientes adoram”, comemora a empresária.

A estudante Marcela Gomes, de 23 anos, é do tipo de cliente que procura itens diferentes para os dois cachorros e os quatro gatos que cria em casa.
“Quando fiquei sabendo que existia cerveja, vinho e até pipoca para os animais, não me contive e comprei vários”, diz. Ela avalia que os produtos mais diferentes, que se assemelham às guloseimas consumidas por humanos, acabam funcionando como mimos para os pets —e não necessariamente produtos indispensáveis.

“Quando vou comprar ração, acabo levando alguma coisa diferente. Então, acho que tem dado certo. É legal poder oferecer outras coisas aos animais”, diz. 

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