Mesmo sem chuva há três dias, nível do Cantareira volta a subir

Felipe Resk
26/03/2015 às 10:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:23

Mesmo sem chover há três dias na região, o nível do Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, voltou a subir nesta quinta-feira, 26, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume de água nos reservatórios que compõem o sistema aumentou 0,2 ponto porcentual. Trata-se da 20ª alta consecutiva.

O Cantareira opera nesta quinta com 18,2% da capacidade, ante 18% no dia anterior. Esse índice considera duas cotas do volume morto, de 182,5 bilhões de 105 bilhões de litros, adicionadas no ano passado. Já de acordo com o novo cálculo divulgado pela Sabesp, os reservatórios estão com 14,1%, 0,2 ponto porcentual a mais do que na quarta-feira, 25.

Na prática, tanto a antiga metodologia, quanto a nova, consideram o mesmo volume de água armazenada: 150,6 bilhões de litros. O que muda é a base de comparação. Na antiga, a divisão é feita entre o volume armazenado e o volume útil - que não considera duas cotas do volume morto e, consequentemente, joga o resultado para cima. Na atual, os dois volumes são incluídos.

Apesar de já ter superado a média de chuvas para março, o manancial não registra precipitação há três dias. Considerando o valor acumulado, a pluviometria é de 189,9 milímetros - cerca de 6,6% a mais do que o volume esperado para o mês inteiro, de 178 mm.

Outros mananciais

O nível de outros três mananciais também registraram alta nesta quinta. Em termos proporcionais, o maior aumento foi do Sistema Guarapiranga, que subiu de 84,7% para 85% (0,3 ponto porcentual a mais).

O menor dos mananciais, o Alto Cotia, ganhou 0,2 ponto porcentual de água represada. Com o aumento, o reservatório passou de 63,9% para 64,1%. Já o Sistema Rio Claro subiu 0,1 ponto e opera com 43,5% da capacidade.

Por sua vez, os sistemas Alto Tietê e Rio Grande se mantiveram estáveis, com 23,1% e 98%, respectivamente. No caso do primeiro, o cálculo leva em conta 39,4 bilhões de litros de volume morto.
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