Minas é alvo de operação da PF contra fraudes de R$ 1,3 bilhão em Previdências Municipais

Da Redação (*)
portal@hojeemdia.com.br
12/04/2018 às 11:45.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:18
 (Reprodução/Instagram )

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Policiais federais e auditores-fiscais da Receita Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Betim, Santa Luzia, Pouso Alegre e Uberlândia nesta quinta-feira (12), no âmbito da operação Encilhamento. A ação é a segunda fase da Operação Papel Fantasma, que apura fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento. A PF suspeita que os fundos têm debêntures sem lastro (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor) que ultrapassam R$ 1,3 bilhão.

A operação nacional ocorre também em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso. A investigação identificou 28 Institutos  Municipais de Previdência que investiram em fundos que, por sua vez, direta ou indiretamente, adquiriram os papéis sem lastro. Há o envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos Institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns Institutos de Previdência.

A equipe da PF chegou à sede do Iprem em Pouso Alegre, no Sul de Minas, no início da manhã. Vários documentos e computadores estão sendo vistoriados. A corporação não dá detalhes a respeito do material apreendido. Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o ex-prefeito da cidade Gilmar Machado e mais três pessoas foram presas. A reportagem tentou contato com representantes do político, mas não obteve retorno.

A prefeituras de Betim e Poços de Caldas informaram que as irregularidades investigadas pela Polícia Federal foram detectadas nas gestões anteriores e que estão colaborando com as investigações. A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Santa Luzia, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.  

São 60 mandados de busca e apreensão. Os investigados responderão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro com penas de 2 a 12 anos de prisão.

(*) Com agências

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