Ministério Público vai investigar a explosão que deixou 34 feridos na Usiminas

Luciana Sampaio Moreira
lsampaio@hojeemdia.com.br
13/08/2018 às 18:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:54
 (Enviada pelo WhatsApp)

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A 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ipatinga, no Vale do Aço, instaurou nesta segunda-feira (13) procedimentos civil e criminal para investigar a explosão do gasômetro da Usiminas, ocorrido na última sexta-feira (10), em Ipatinga, e apurar a possibilidade de danos ambientais, ocorrência de crime ambiental de poluição e delitos de lesão corporal, tendo em vista que 34 empregados e colaboradores da usina ficaram feridos. 

A empresa informou que as causas do acidente estão sendo apuradas pelas equipes técnicas, com a presença das autoridades competentes e que, desde o primeiro momento, a Usiminas tem disponibilizado todas as informações solicitadas pelos órgãos públicos.

Retomada

Passados quatro dias da explosão, a Usiminas ainda trabalha para reativar a produção de aço na unidade. Os altos fornos nº 1 e 2, a laminação a frio, Unigal (galvanização) e o setor de despacho voltaram à atividade na sexta-feira, horas depois do acidente. No entanto, os laminadores de chapas grossas e tiras a quente devem ser acionados, respectivamente, nesta terça-feira (14).

Maior dos altos-fornos, o nº 3 só será religado na quarta-feira (15), conforme anunciado pelo Fato Relevante que a empresa divulgou ontem para a Comissão de Valores Imobiliários (CVM), com informações atualizadas sobre a ocorrência.

Semad

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que está acompanhando a situação da unidade Ipatinga da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A (Usiminas).

A secretaria solicitou à empresa, via ofício, no último sábado (11), o envio de um laudo com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), do responsável técnico pelas operações na usina, manifestando expressamente quanto à integridade das estruturas e assegurando que a retomada da operação não implicará em risco de acidentes.

Foi determinado também, pela Semad, que fosse realizado o monitoramento de gases nos pontos de conexão e válvulas de controle, por no mínimo 24h após a explosão, inclusive com o uso de detectores com aviso sonoro e inspeções periódicas. Esse prazo poderá ser estendido, dependendo dos resultados apresentados.

Ainda no ofício, a Semad determinou que fossem mantidas equipes de brigadistas de prontidão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a data limite para envio do laudo se encerra nesta segunda-feira (13), enquanto os dados do monitoramento devem ser enviados até esta terça-feira (14). 

Segundo a Semad, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) mantém a análise da qualidade do ar e meteorologia em Ipatinga. Dados coletados entre 10 e 13 de agosto no Sistema do Centro Supervisório da Feam, mostram que não houve alteração na qualidade do ar da cidade, por consequência do acidente.

Os Dados da Feam mostram também que as condições meteorológicas registradas no Centro Supervisório, indicaram que no momento, e após o acidente, as condições do tempo estavam favoráveis para dispersão dos gases na atmosfera.

Em nota, a Semad confirmou que as licenças ambientais da unidade Ipatinga da Usiminas estão válidas.

  

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