Ministro do Turismo quer que ação seja julgada pelo STF

Da Redação
21/02/2019 às 20:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:40
 (Alex Ferreira/Cêmara dos Deputados)

(Alex Ferreira/Cêmara dos Deputados)

A defesa do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que as investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre supostas candidatas “laranjas” do PSL sejam analisados pela própria Corte. O argumento é que os fatos investigados teriam relação com o atual mandato dele como deputado federal, cargo do qual se encontra licenciado desde que assumiu a pasta do Turismo.

Os advogados querem que o STF conceda liminar para suspender a investigação, que se encontra hoje na Justiça Federal de Minas, até que a Corte decida se o caso fica ou não no Supremo. A defesa alega que Marcelo Álvaro Antônio foi reeleito deputado em outubro do ano passado e que os fatos são relacionados ao cargo de parlamentar. Por sorteio, o pedido caiu no último dia 18 nas mãos do ministro Luiz Fux, que será o relator da ação no STF.

Segundo a “Folha de S. Paulo”, este seria mais um caso de uso de candidaturas “laranjas” pelo PSL. A sigla teria feito o lançamento de candidaturas falsas em Pernambuco e Minas para fingir o cumprimento da regra de destinação de 30% do dinheiro do Fundo Eleitoral para mulheres.

No último dia 20, Cleuzenir Barbosa, uma das candidatas a deputada estadual que teriam sido financiadas pelo PSL em Minas, entregou ao Ministério Público Federal uma troca de mensagem com um ex-assessor do ministro que a teria ameaçado para devolver parte dos R$ 60 mil que recebeu para a disputa. 

Residente hoje em Portugal, Cleuzenir recebeu apenas 2.097 votos. Segundo o G1, a então candidata revelou à GloboNews que “dos R$ 60 mil, eles queriam que eu passasse R$ 50 mil e ficasse com R$ 10 mil para fazer o que eu quisesse”. Marcelo Álvaro Antônio à época era presidente do PSL no Estado.

Mesmo com todo o desgaste do titular da pasta do Turismo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista ontem à Rádio Gaúcha disse que o governo está observando e acompanhando a situação, mas que não pretende demiti-lo no momento. “Claro que o governo observa, acompanha, mas não tem nada nesse sentido (de exonerar o ministro), nesse momento, não”, disse à emissora de rádio.

Procurado na noite de ontem, o ministro não se manifestou até o fechamento desta edição.

  

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