Morre ex-chefe dos serviços de inteligência de Hosni Mubarak

AFP
19/07/2012 às 17:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:41

  CAIRO - O ex-vice-presidente do Egito Omar Suleiman, conhecido por ter estado à frente dos serviços de inteligência de Hosni Mubarak durante muito tempo, morreu nesta quinta-feira (19) nos Estados Unidos aos 77 anos, informou a agência de notícias oficial Mena. "O ex-vice-presidente egípcio Omar Suleiman morreu na manhã desta quinta-feira em um hospital nos Estados Unidos", indicou a Mena.   De acordo com um diplomata egípcio em Washington, citado pela agência, o general Suleiman morreu vítima de um súbito ataque cardíaco, enquanto era submetido a exames médicos.   Ele sofria de uma doença pulmonar e de problemas cardíacos, segundo a agência. "Sua saúde deteriorou-se subitamente há cerca de três semanas e ele foi hospitalizado em Cleveland (Ohio), onde morreu", acrescentou.   "Esforços do mais alto nível estão sendo feitos para a sua repatriação ao Egito", declarou seu assistente Hussein Kamal.   Suleiman foi nomeado vice-presidente durante a revolta que causou a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. Ele deixou o Egito depois de ter sido afastado da corrida presidencial, a primeira eleição para presidente da era pós-Mubarak, realizada nos dias 23 e 24 de maio.   A princípio permaneceu em Dubai antes de viajar para a Alemanha e, em seguida, foi para os Estados Unidos para se tratar, disse o general Saad al-Abbasi, membro de sua equipe de campanha.    Esse pilar do regime deposto foi eliminado da disputa pela Presidência pela comissão eleitoral, que justificou que o candidato não tinha obtido o apoio de 15 províncias, como exigido por lei.   Suleiman era visto por muitos no Egito como parte do círculo íntimo de Hosni Mubarak que, pouco antes de sua partida do poder, o nomeou vice-presidente. Nasceu em 2 de julho de 1935 em uma família rica de Qena, no Alto Egito.   Formado na União Soviética, tomou o caminho dos "serviços" e em 1991 tornou-se o chefe da "mukhabarat", a temida central de inteligência interna egípcia.   Ele mantinha um ótimo relacionamento com os americanos e acumulou "missões especiais". Foi o responsável por delicadas questões de política externa, incluindo o conflito israelense-palestino.

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