Morte de índio interrompe cerimônias festivas na Rio+20

Luciana Nunes Leal
22/06/2012 às 16:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:01

A morte de um líder indígena da aldeia Karajá interrompeu as cerimônias festivas que marcariam o último dia da Kari-Oca, onde estão reunidos 420 índios que participaram da Rio+20. Ismael Karajá, de 48 anos, passou mal ontem e foi medicado no posto de saúde da Kari-Oca depois se queixar de dores no peito e na cabeça e apresentar vômito, febre e rigidez na nuca.

O líder foi encontrado morto na rede onde dormia na manhã desta sexta-feira pelo cacique karajá e o mais provável é que ele tenha tido um ataque cardíaco. Segundo Marcos Terena, um guerreiro da aldeia levará o corpo de volta para a Aldeia Santa Izabel, em São Felix do Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Tocantins.

"Em solidariedade ao parente que faleceu, todos as etnias resolveram ir embora mais cedo. A cerimônia do fogo, de despedida, está mantida mas não será festiva. Estão todos muito tristes", disse Terena.

Até o início da tarde, todos os indígenas que participaram da Rio+20 pela Aldeia Kari-Oca, em Jacarepaguá, deverão ter embarcado nos ônibus de volta para as suas aldeias.
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