Mostra de Tiradentes foca processos audiovisuais

Luiz Carlos Merten
22/01/2014 às 08:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:30

Todo ano, assim como presta homenagens, a Mostra de Tiradentes seleciona um tema. Este ano serão os processos audiovisuais criativos, enfocando o modo como a nova geração realiza seus projetos. O foco não poderia ser mais adequado. Nos últimos anos, Tiradentes - e a mostra Aurora, em especial - firmaram-se como vitrines do que de mais avançado se faz em pesquisa de linguagem no cinema brasileiro.

Raquel Hallak, da Universo Produção, precisou vencer dificuldades de patrocínio para garantir a integridade do festival deste ano. "Fizemos ajustes de orçamento, mas não atingiram a programação." Ela ressalta o perfil do evento - "O cinema brasileiro é jovem e nós privilegiamos a escolha de profissionais que atuam hoje, com carreira consistente." Marat Descartes ganha homenagem justamente por sua ousadia e consistência.

E Raquel prossegue - "O cinema que estará na Mostra de Tiradentes 2014 será o do improviso, do imprevisto e da provocação." A ideia do curador Cleber Eduardo é colocar os novos paradigmas em debate. "Esteticamente, temos variações. Existem filmes ensaios, experimentais, narrativos, filmes cênicos, rítmicos, documentários observacionais de personagens e ambientes, comédia urbana, família cigana, relações com o pop ressignificadas e recontextualizadas, hibridismos do documentário com a ficção, filmes sobre filmes, sobre o mal-estar."

E o importante é que Tiradentes tem programas para satisfazer a todas as tribos. O cinema da praça, com projeções ao ar livre, atrai a população. O Cine-Tenda é o reduto da Mostra Aurora. Atrai debatedores, pensadores e o público jovem. As oficinas são concorridíssimas. A Mostra Aurora deste ano, que começa na segunda, dia 27, vai exibir sete longas. Quatro são de Minas - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchôa, de Minas; Aliança, de Gabriel Martins, João Toledo e Leonardo Amaral; O Bagre Africano de Ataleia, de Aline X e Gustavo Jardim; e A Mulher Que Amou o Vento, de Ana Moravi. Os três restantes são - Bat-Guano, de Tavinho Teixeira, da Paraíba; Branco Sai Preto Fica, de Adirley Queirós, do Distrito Federal; e Aquilo Que Fazemos com as Nossas Desgraças, de Arthur Tuoto, do Paraná.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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