Movimentação do talude da mina em Barão de Cocais volta a crescer e chega a 40,9 cm/dia

Da Redação*
05/06/2019 às 16:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:58
 (Reprodução/TerraMil)

(Reprodução/TerraMil)

Um dia após a movimentação diária do talude norte da mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresentar uma diminuição, o índice do deslocamento da estrutura voltou a subir nesta quarta-feira (5). Às 15h, o boletim da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontou para uma movimentação de 40,9 centímetros por dia. Na terça-feira (4), a média da movimentação foi de 39,4 centímetros diários. 

Na última sexta-feira (31), a Vale informou que identificou movimentação de fragmento do talude norte da cava da mina, mas que o desprendimento deve ocorrer sem maiores consequências. Até a identificação da diminuição, o índice vinha subindo gradativamente e já havia chegado a 43,8 cm/dia, no domingo (2). 

A grande preocupação com o desabamento do talude é de que a vibração causada seja suficiente para romper a barragem de rejeitos Sul Superior da mina, que fica a 1,5 quilômetro (km) da cava. Caso isso ocorra, em cerca de cinco minutos o distrito de Barão de Cocais mais próximo da estrutura pode ser atingido.

Neste cenário, o mar de lama provocaria a devastação de parte do município e de outras duas cidades vizinhas - Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Nas três cidades, a população que precisará ser retirada de casa para não ser levada pela lama ultrapassa 10 mil pessoas. Todos esses municípios já passaram por simulados de evacuação para saber para onde correr em caso de rompimento da barragem.

A Defesa Civil disse que está preparada para agir, caso haja rompimento da barragem Sul Superior, que está no nível 3 desde março – ou seja, com risco iminente de rompimento. A Vale frisou que tanto o talude quanto a barragem são monitorados 24 horas por dia e as previsões são revistas diariamente.

Risco

A barragem Sul Superior teve nível de segurança elevado a 3, que indica risco iminente de ruptura, em 22 de março. No dia 13 deste mês, a Vale informou às autoridades que o talude da mina da represa poderia desmoronar, ocasionando abalo sísmico que poderia fazer com que a Sul Superior se rompesse.

*Com Agência Estado

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