MP exige que qualidade da água do rio Doce seja divulgada

Estadão Conteúdo
20/11/2015 às 09:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:00
 (Leonardo Morais/Hoje em Dia)

(Leonardo Morais/Hoje em Dia)

O Ministério Público Estadual de Minas (MPE-MG) emitiu recomendação para que o Instituto Mineiro de Águas (Igam) divulgue em seu site informações sobre a qualidade da água do Rio Doce, atingido pela lama da barragem da Samarco, empresa controlada pela Vale e BHP, que rompeu em Mariana no dia 5 de novembro.

O acompanhamento já vem sendo feito, mas o promotor Leonardo Castro Maia, coordenador do MP para a Bacia do Rio Doce, pediu que os dados tivessem divulgação mais ampla. Conforme o promotor, essa demanda surgiu da população das cidades atingidas. A bacia do Rio Doce tem atualmente cerca de 200 cidades.

O Igam já tem feito análises periódicas da água, mas sem ampla divulgação à população. Na primeira depois da tragédia, foram coletadas amostras de água e sedimento no município de Rio Doce, considerando os resultados de oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica e turbidez na água. Verificou-se que as amostras apresentavam resultados de oxigênio dissolvido e turbidez em desacordo com os limites da legislação.

Da mesma forma, estudo feito por um laboratório de Vitória (ES), que enviou uma equipe para Governador Valadares (MG), encontrou valores de minerais e turbidez inadequados. Neste caso, porém, a análise foi feita em três locais, mas as inadequações foram registradas apenas no centro da cidade mineira, uma das primeiras atingidas pela lama de rejeitos.

Governo federal

Na quinta-feira (19), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgaram o resultado das amostras coletadas no dia 14 de novembro de 2015, avaliando a qualidade da água e dos sedimentos no Rio Doce, já atingido pela lama.

Os resultados obtidos de oito coletas feitas em Gesteira, Barra Longa, Rio Doce e Cachoeira Dantas demonstram condições dentro do padrão aceitável e indicam concordância com os dados divulgados pelo CPRM desde 2010. Os órgãos informaram, porém, que vão continuar fazendo monitoramento especial do Rio Doce para acompanhar a qualidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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