"A hora mais escura" pode ser exibido no tribunal militar de Guantánamo

AFP
16/12/2013 às 12:46.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:50

WASHINGTON - Os acusados pelos ataques de 11 de setembro detidos em Guantánamo solicitaram a exibição do início do filme "A hora mais escura" (Zero Dark Thirty), e acesso às mesmas informações que os produtores de Hollywood, algo que será analisado esta semana por um tribunal militar.

Durante uma nova série de audiências preliminares, que começaram nesta segunda-feira perante um tribunal militar de exceção, as partes devem apresentar, entre outras coisas, este pedido elaborado pelo advogado James Connell.

"Neste estágio, nós só queremos obter os mesmos elementos que foram dados a Hollywood", declarou à AFP o defensor do paquistanês Ali Abd al-Aziz Ali, conhecido como Ammar al-Baluchi.

Al-Baluchi, sobrinho do suposto mentor dos atentados de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, foi identificado em "A hora mais escura" como o detido torturado em uma prisão secreta da CIA.

Seu apelo ao juiz militar James Pohl foi assinado por outros quatro réus, incluindo seu tio.

O seu pedido de 418 páginas, publicado no site das comissões militares, inclui dezenas de textos e e-mails da diretora do filme, Kathryn Bigelow, e do cinegrafista Mark Boal.

A organização Judicial Watch revelou que "a administração Obama deu aos cineastas um incomum acesso a informações classificadas, incluindo aos nomes dos agentes da CIA envolvidos na operação contra Osama bin Laden", abordadas no filme.

James Connell disse à AFP que pediu a projeção dos primeiros vinte minutos do filme, mas que não tem certeza da que será atendido.

Nesses minutos aparece um detido chamado "Ammar", sobrinho do cérebro dos ataques de 11 de setembro e acusado de ter conseguido o financiamento desses ataques. "Ammar é torturado, trancado em um caixão, despido e amarrado com uma coleira de cachorro em uma prisão secreta da CIA .

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