LONDRES (Reino Unido) - O Greenpeace informou nesta sexta-feira (13) que as autoridades russas querem impedir que seus 30 ativistas presos em setembro deixem o país mesmo em liberdade provisória. Segundo a ONG, a indicação de que isso deve ocorrer veio depois que a ativista dinamarquesa Anne Mie Jensen foi avisada oficialmente de que não tem permissão para deixar a Rússia durante as investigações. Ela havia questionado o Comitê de Investigação se poderia solicitar visto para sair do país e retornar caso fosse convocada pela Justiça local. A resposta foi negativa. Em comunicado, o Greenpeace disse esperar que os demais recebam o mesmo tratamento das autoridades. No dia 19 de setembro, os integrantes do Greenpeace foram detidos pelos russos durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. Entre eles estava a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos. Eles, incluindo a brasileira, ficaram presos cerca de dois meses e foram liberados sob fiança no fim de novembro. Como estão em liberdade provisória, há dúvidas sobre o que podem ou não fazer nesse período. Todos aguardam o desenrolar do caso em São Petersburgo. Os ativistas são acusados de vandalismo e pirataria, crimes que podem chegar a 15 anos de prisão.