Ban Ki-moon lança apelo para cessar-fogo no Iêmen

Agência Brasil
17/04/2015 às 09:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:40

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nessa quinta-feira (16) um cessar-fogo imediato no Iêmen, país onde nas últimas semanas foram registrados mais de 800 mortos e 2,7 mil feridos.

“O Iêmen está ardendo. Mesmo antes da última escalada de violência, os iemenitas já necessitavam de ajuda humanitária”, disse o secretário-geral da ONU durante jantar do National Press Club, em Washington, realizado paralelamente às reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

“Lanço apelo para um cessar-fogo imediato no Iêmen, de todas as partes” no conflito, acrescentou Ban Ki-moon. O secretário-geral da ONU defendeu que o processo de paz diplomático apoiado pelas Nações Unidas é "o melhor meio para sair dessa guerra, que já dura muito tempo e tem consequências assustadoras para a estabilidade regional”.

Ban Ki-moon disse que a Arábia Saudita lhe garantiu que "entende a necessidade do processo de paz" e convocou todos os iemenitas para participar do processo. Ele também se referiu à demissão apresentada ontem pelo enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, Jamal Benomar, e disse que está à procura de um substituto para o cargo. Benomar, diplomata marroquino, era enviado especial de Ban Ki-moon para o Iêmen desde 2012.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita bombardeia posições dos rebeldes xiitas huthis há mais de três semanas. Os rebeldes xiitas e seus aliados, que conquistaram a capital Sanaa e várias regiões do Norte e do Oeste do Iêmen, lançaram, em março, uma ofensiva sobre o Sul, em uma tentativa de tomar o controle de todo o país.

Em reação, a Arábia Saudita assumiu, em 26 de março, a liderança de uma coligação internacional que fez ataques aéreos contra os huthis e aliados. O Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução terça-feira (14), que impõe embargo de armas às milícias xiitas huthis do Iêmen e exige sua retirada do território que conquistaram. Catorze, dos 15 países-membros do conselho, votaram a favor e a Rússia absteve-se.

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