Brasil aprova resolução das Nações Unidas sobre violações na guerra síria

Folhapress
03/07/2015 às 09:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:45

Menos de três meses após se abster na votação de uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU condenando violações na Síria, o Brasil votou a favor de um novo texto sobre o tema nesta quinta (2), em Genebra. 

Segundo o Itamaraty, a mudança é justificada porque a nova resolução "apresenta maior equilíbrio em comparação à resolução adotada na última sessão". "No texto, estão contempladas a necessidade de buscar uma solução política para o conflito e a responsabilidade de todas as partes pelo respeito aos direitos humanos", disse o governo brasileiro em nota.

De acordo com o Itamaraty, o novo texto -aprovado por 29 votos contra seis, com 12 abstenções- é "fruto de um minucioso e construtivo esforço negociador que contou com ativa participação brasileira".

Em março, o governo brasileiro justificou a abstenção dizendo que aquela resolução "não reconhecia a responsabilidade nem repudiava devidamente a participação de vários grupos armados da oposição, com exceção do Daesh [sigla em árabe do Estado Islâmico] e da Al-Nusra, por graves violações dos direitos humanos".

O novo texto não deixa a condenação limitada a grupos específicos, mas a estende a quem cometer violações no conflito sírio.

Em março, contudo, o Brasil foi criticado por não apoiar o texto, que também renovou o mandato do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro como presidente do Comitê de Inquérito da ONU para as violações de direitos humanos na Síria.
 

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