Equipes de resgate buscam dezenas de desaparecidos em povoado do México

Leticia Pineda e Allan García - AFP
20/09/2013 às 20:01.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:37

ACAPULCO (México) - As autoridades mexicanas aceleravam nesta sexta-feira (20) as buscas por quase 70 pessoas desaparecidas em um povoado parcialmente sepultado por um grande deslizamento.   Localizado em Guerrero, estado mais afetado pelas chuvas, o povoado de La Pintada foi duramente castigado e grandes deslizamentos soterraram dezenas de casas. As equipes de resgate seguem trabalhando intensamente para encontrar as 68 pessoas que permanecem desaparecidas. Até o momento, foram registrados oficialmente dois mortos nessa localidade nas montanhas.   "As atividades de busca e de remoção de terra em La Pintada foram mantidas durante a noite (de quinta) e seguiam nesta sexta-feira. São mais de 24 horas" de trabalho contínuo, disse à AFP um porta-voz do Ministério da Defesa.   Sob uma chuva que não dá trégua, com pás, marretas e até com as próprias mãos, mais de 200 soldados e agentes da Defesa Civil escavaram entre as toneladas de lama que cobrem atualmente La Pintada, onde viviam cerca de 400 pessoas, constatou nesta sexta a AFP.   Para ter acesso a este lugar, de onde já foram retiradas centenas de pessoas, é necessário chegar de helicóptero ou enfrentar sete horas de caminhada a partir do centro de Atoyac de Álvarez, município ao qual pertence La Pintada.   As forças de segurança também procuram por um helicóptero da Polícia Federal que desapareceu dos radares na quinta-feira quando levava sobreviventes para uma comunidade próxima.   Os registros apresentados até o momento indicam 97 mortos, cerca de 60 desaparecidos, 200.000 desabrigados e 50.000 deslocados devido às chuvas torrenciais provocadas pelos dois ciclones -Manuel e Ingrid- que desde o final de semana assolam as costas do Pacífico e do Golfo do México.    A situação pode piorar ainda mais, já que o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) prevê "chuvas intensas" para o norte e o noroeste do país, assim como "chuvas de muito fortes a pontualmente intensas" no centro, sudeste e leste.   Desde 1958 o México não era atingido simultaneamente por dois ciclones, como foi o caso de Manuel e Ingrid entre sábado passado e segunda-feira.   A tragédia ambiental levou a ONU a oferecer sua contribuição para "os esforços de assistência humanitária relacionados a este desastre e a mobilizar o apoio internacional necessário", disse um porta-voz da organização em um comunicado difundido nesta sexta-feira em Nova York.

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