WASHINGTON - Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (2) a expulsão do encarregado de negócios da Venezuela em Washington junto com outros dois diplomatas do país sul-americano, em resposta ao mesmo gesto adotado por Caracas na segunda-feira (30). "Declaramos o encarregado de negócios, a segunda secretária e um de seus cônsules 'persona non grata'", disse a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf. "Nós os avisamos à noite (terça-feira), e eles têm 48 horas para deixar os Estados Unidos", acrescentou Harf. Mais cedo, um funcionário do Departamento de Estado que pediu para não ser identificado divulgou os nomes dos diplomatas atingidos pela medida: o encarregado de negócio da embaixada venezuelana Calixto Ortega; a segunda secretária Mónica Sánchez; e a cônsul em Houston (sul), Marisol Gutiérrez. O governo venezuelano "repudia" a expulsão de seus diplomatas, declarou a Chancelaria em nota à imprensa. No entanto, na segunda-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expulsou três diplomatas americanos, entre eles a encarregada de negócios, Kelly Keiderling, após acusá-los de atos de sabotagem econômica e elétrica na Venezuela, em conluio com a oposição. Os três tiveram 48 horas para deixar o país, prazo que termina nesta quarta. Também foram expulsos os americanos David Moo e Elizabeth Hoffman. Caracas e Washington não têm embaixadores desde 2010, o que faz do encarregado de negócios o mais alto representante nas respectivas delegações. Ambos os países mantêm tensas relações desde o governo do falecido Hugo Chávez (1999-2013).