EUA sofrem epidemia de gripe mais forte do que o normal

AFP
18/01/2013 às 23:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:47
 (Mario Tama/Getty Images/AFP)

(Mario Tama/Getty Images/AFP)

WASHINGTON - A epidemia de gripe que afeta os Estados Unidos atualmente parece mais severa do que o normal e está afetando, sobretudo, pessoas mais velhas, embora já tenha matando 29 crianças, informaram autoridades sanitárias americanas esta sexta-feira (18).

"Os Estados Unidos estão na metade da temporada de gripe, que parece mais severa do que o normal, sobretudo para
as pessoas mais velhas", declarou o doutor Thomas Frieden, diretor dos Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

"A taxa de hospitalização aumentou fortemente também na semana passada em pessoas maiores de 65 anos", afirmou o médico durante coletiva por telefone.

"A expectativa é de que tanto as hospitalizações quanto os óbitos aumentem enquanto a epidemia se dissemina", acrescentou.

A violência dos sintomas se explica também porque a cepa viral dominante este ano é a H3N2, historicamente responsável por sintomas mais graves.

Até agora, metade dos casos confirmados afetam pessoas com 65 anos ou mais, com uma taxa de hospitalização de 82 por 10.000 pessoas, "o que é muito elevado", destacou o doutor Frieden.

Geralmente, afirmou, estima-se que 90% das mortes vinculadas à gripe afetam pessoas a partir dos 65 anos.

No entanto, os CDCs não publicarão as estatísticas completas das mortes até o final da temporada na primavera boreal, com exceção das mortes pediátricas que se publicam todas as semanas. Na semana passada, a gripe matou outras nove crianças, elevando a 29 a cifra total desde o começo da temporada, que este ano foi no começo de dezembro.

Em média, a gripe mata cem crianças nos Estados Unidos. No ano passado, matou 34. Os CDC calculam, ainda, que os óbitos causados pela gripe nos adultos em cerca de 24.000 ao ano, geralmente.

Nova York declarou estado de urgência médica alguns dias depois de Boston, pois os hospitais estão lotados nestas cidades.

O doutor Frieden também alertou para a falta de vacinas, que deveria ser rapidamente solucionada. Até o momento, 129 milhões de doses foram distribuídas.

A eficácia da vacina foi estimada em 62% este ano.

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