BRASÍLIA – O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, de 85 anos, que deixou o poder em 2011, comparecerá nesta quarta-feira (21), mais uma vez, a um tribunal para responder sobre as denúncias de corrupção. Ele pode ser absolvido da pena de prisão por essa acusação, porém deverá ser mantido detido em decorrência das denúncias envolvendo mortes de manifestantes.
Os juízes concederam liberdade condicional a Mubarak pelos crimes de corrupção, mas mantiveram a ordem de prisão pelas demais acusações. A decisão foi tomada com base na avaliação de que foi ultrapassado o período de detenção preventiva para os crimes de corrupção. O Tribunal Penal do Norte do Cairo ordenou a prisão preventiva do ex-presidente.
A fiscalização da Segurança Suprema do Estado do Egito investiga as denúncias sobre compras e reformas em várias propriedades privadas de Mubarak no período em que esteve no poder (1981-2011). Ele é suspeito de enriquecimento ilícito e danos aos fundos públicos.
O advogado do ex-presidente, Farid Al Didal Did, disse que insistirá na concessão de liberdade de seu cliente. A defesa deve alegar que Mubarak tem problemas de saúde e idade avançada. O ex-presidente é mantido preso em um hospital militar. Ele tem uma série de problemas de saúde e da última vez que apareceu em público prestou esclarecimentos à Justiça em uma maca.