(Shaun Curry/AFP)
O funeral do líder sul-africano Nelson Mandela, que morreu nesta quinta-feira (5) aos 95 anos em Pretória, vai durar 12 dias. O histórico líder da luta contra o regime racista do apartheid, será sepultado em 15 de dezembro, um domingo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, no dia seguinte à morte de Mandela, pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Zuma detalhou os preparativos para os funerais de Mandela. Para o domingo, dia 8, Zuma convocou um dia nacional de orações e reflexão. Na próxima terça-feira, 10 de dezembro, uma missa campal em intenção de Mandela será realizada em um estádio de Johannesburgo. A seguir, o corpo de Mandela será velado em Pretória de quarta-feira até o dia do sepultamento, que contará com honras de chefe de Estado.
O presidente sul-africano aproveitou o anúncio para agradecer a todas as pessoas ao redor do mundo que estão enviando suas homenagens à família de Mandela.
O funeral do líder sul-africano deve entrar para a história, conforme o jornal "The Guardian", como um dos maiores eventos já realizados no continente. A organização necessária para prepará-lo tem sido comparada à abertura e ao encerramento da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, a uma posse presidencial e a uma coroação real – todas juntas.
A publicação aponta que o evento deve "rivalizar" com o funeral do Papa João Paulo II, em 2005, que contou com a presença de cinco reis, seis rainhas, 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de fiéis. O equivalente britânico mais próximo pode ter sido o enterro do chefe de Estado Winston Churchill, em 1965.