Governo dos EUA promete atingir padrões de segurança da lei migratória

AFP
23/04/2013 às 18:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:05

 WASHINGTON - A secretária americana de Segurança Interna, Janet Napolitano, avaliou positivamente a reforma migratória em debate no Senado, em depoimento nesta terça-feira (23), e se mostrou confiante em atingir os padrões de segurança estabelecidos pelo projeto de lei.

Janet, que ficará encarregada de implementar grande parte das exigências de segurança da futura lei, foi interrogada hoje no Comitê Judiciário do Senado. A secretária era esperada na semana passada, mas adiou seu testemunho em função dos ataques à maratona de Boston.

Para Janet, o governo de Barack Obama já fez enormes progressos em segurança, e "este projeto de lei ampliará essas conquistas, tanto em nossa segurança nacional em geral como na segurança na fronteira".

O texto "reúne os princípios enunciados pelo presidente" para uma reforma, acrescentou.

O projeto de lei introduzido há uma semana por um grupo bipartidário de oito senadores inclui uma solução para os mais de 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA, latino-americanos em sua maioria, mas condiciona o início do processo de legalização a metas de segurança no período de dez anos.

Essas metas incluem um novo plano do governo para reforçar a segurança, com mais proteção na fronteira com o México; a ampliação, para nível nacional, de um sistema de verificação de documentos de funcionários; assim como um mecanismo inédito para rastrear as pessoas que entram com visto nos EUA.

"Essas metas já são parte dos nossos planos. Por isso, acho que podemos satisfazê-las nos próximos anos", afirmou Napolitano.

Na audiência na Casa, a secretária teve de responder a várias perguntas relacionadas aos atentados de Boston, que levou vários congressistas republicanos a pedirem cautela nos debates sobre a reforma migratória. Os suspeitos dos ataques são dois irmãos de origem chechena, que chegaram aos EUA como asilados.

Senadores democratas e a Casa Branca rejeitaram a possibilidade de que a discussão seja adiada por causa dos ataques, argumentando que, na verdade, a reforma migratória vai melhorar a segurança nacional.

Autores do projeto de lei, um volume de 844 páginas que inclui mais recursos para a segurança e a renovação do sistema de vistos em função dos interesses econômicos do país, esperam que o texto seja submetido à votação no Senado em junho.

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