O movimento islamita palestino Hamas considerou nesta quarta-feira (17) uma vitória a decisão da Justiça europeia de retirá-lo da lista de grupos terroristas, embora mantenha os bens da organização congelados na Europa. "É uma vitória para a questão palestina e para os direitos do nosso povo", disse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum.

"Nós elogiamos o Tribunal da União Europeia por essa decisão, que deve agora ser seguida de medidas internacionais para pôr fim à opressão do povo palestino", acrescentou o porta-voz.

A decisão de retirar o Hamas da lista de organizações terroristas, da qual fazia parte desde dezembro de 2001, não implica, segundo o tribunal, “nenhuma apreciação de fundo sobre a qualificação do movimento como grupo terrorista”.

Criado em 1987, quando foi registrada a primeira Intifada (manifestação espontânea da população palestina contra a chamada ocupação israelense), o Hamas é considerado uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido, Japão, Canadá, Egito e, até hoje, pela União Europeia.

O grupo reivindica a libertação da Palestina da “ocupação israelense” e o estabelecimento de um Estado Islâmico na região onde é hoje Israel, tendo sempre recorrido a ataques quer contra soldados quer contra civis. Os ataques contra civis foram considerados crimes de guerra contra a humanidade por vários grupos de defesa dos direitos humanos.

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