Irã sai de recessão após acordo nuclear, mas incerteza persiste, diz FMI

Estadão Conteúdo
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28/02/2017 às 16:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:46

A economia do Irã saiu de uma recessão após o acordo nuclear com as potências mundiais, afirmou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI), embora o país possa enfrentar dificuldades fiscais causadas pela incerteza sobre futuras sanções e problemas que os bancos domésticos poderiam enfrentar.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Irã cresceu 7,4% no último ano, impulsionado pela rápida reinserção do petróleo iraniano no mercado internacional, de acordo com o FMI. A inflação também caiu para um dígito, enquanto o crescimento do PIB deverá se estabilizar em torno de 4,5% ao ano, disse o FMI.

No entanto, os iranianos comuns ainda não viram nenhum dos benefícios do acordo nuclear, que consistiu no fim de algumas sanções internacionais levantadas em troca de restrições ao programa nuclear do Irã. Enquanto isso, as preocupações persistem em relação a medidas prometidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

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"O fim das sanções internacionais e a ambiciosa agenda de reformas (do Irã) ainda não produziu impacto benéfico total sobre a economia iraniana", afirmou Jafar Mojarrad, um diretor executivo do FMI, em relatório. "Infelizmente, as demais sanções dos EUA e a incerteza têm dificultado o acesso de bancos internacionais ao mercado iraniano e continuam a dificultar o investimento e comércio".

O FMI estima que o Irã perdeu US$ 185 bilhões em receita da produção de petróleo devido às sanções, adotadas desde 2011. Desde então, os preços globais do barril de petróleo caíram mais de US$ 100, em meados de 2014, antes de atingir o patamar abaixo de US$ 30 em aneiro de 2016. 

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