(Alberto Lingria)
ROMA - Os italianos começaram a votar neste domingo (24) para renovar o Parlamento, em eleições cruciais para seu futuro e acompanhadas de perto pela União Europeia e os mercados, que temem a instabilidade política caso não sejam obtidas maiorias claras nas duas Câmaras do Parlamento da terceira economia da Eurozona.
"A Itália vota na incerteza", afirma o jornal La Stampa, que não descarta a possibilidade de que nenhuma força política consiga, de maneira isolada, um número suficientes de cadeiras no Parlamento para governar, o que gera incertezas dentro e fora da península.
Quatro coalizões estão na disputa: a centrista, liderada pelo atual primeiro-ministro Mario Monti, a de seu antecessor de direita Silvio Berlusconi, a do líder da esquerda Pier Luigi Bersani, à frente do Partido Democrático (PD), e a do humorista que virou político Beppe Grillo, o Movimento Cinco Estrelas (MCE), que aposta no voto de protesto.
As pesquisas mais recentes apontam a vitória de Bersani, com quase 34% dos votos, seguido pela coalizão de Silvio Berlusconi, com quase 30%.
Beppe Grillo e o MCE ficariam com 17% e a coalizão de centro de Mario Monti entre 10% e 12%.
No total, mais de 47 milhões de italianos estão registrados para votar nas legislativas, e 13 milhões deles também votarão em eleições regionais.
Os locais de votação fecharão às 21 horas GMT (18 horas de Brasília) e reabrirão na segunda-feira (25) às 6 horas GMT (3 horas de Brasília).
Os resultados devem ser anunciados na segunda-feira à noite.