Jihadistas fizeram declarações a um canal francês antes de serem mortos

AFP
09/01/2015 às 18:05.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:37
 (AFP)

(AFP)

Um canal de televisão francesa, o BFMTV, conseguiu falar por telefone com dois jihadistas entrincheirados em pontos diferentes de Paris antes da dupla ação policial que os matou e libertou seus reféns.   O jihadista que fez reféns em um mercado de produtos judaicos, Amedy Coulibaly, afirmou que sua ação foi coordenada com a dos irmãos Kouachi, os suspeitos pela chacina na revista Charlie Hebdo.   Falando ao BFMTV, Coulibaly afirmou ainda pertencer ao grupo Estado Islâmico.   O canal também conseguiu falar por telefone com Chérif Kouachi, um dos supostos autores da chacina na Charlie Ebdo e que estava entrincheirado em uma gráfica em Dammartin-en-Goële.   Segundo ele, sua viagem à França foi financiada pelo islamita americano-iemenita Anwar al Awlaki, morto no Iêmen em setembro de 2011, em um bombardeio de um drone americano.   Amedy Coulibaly, por sua vez, disse que atuava na França sob ordens da Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), facção da Al-Qaeda na Arábia Saudita e no Iêmen.   Imediatamente depois da matança na revista Charlie Hebdo, um dos agressores chegou a gritar para uma motorista que teve seu carro roubado: "Diga que somos da Al-Qaeda no Iêmen".   Coulibaly, que reivindicou ser do Estado Islâmico, explicou que sua ação foi coordenada com a dos irmãos Kouachi. "Eles, Charlie Hebdo, eu, os policiais", disse, em referência aos ataques que os três protagonizaram.   Ele também esclareceu que escolheu um mercado de produtos judaicos porque sua intenção era matar judeus.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por