ROMA - A justiça italiana abriu uma investigação contra Silvio Berlusconi, seus advogados e várias mulheres, entre elas uma marroquina conhecida como "Ruby Rouba-Corações", por suborno a uma testemunha no âmbito de um julgamento contra o ex-chefe de governo.
Berlusconi já foi condenado a sete anos de prisão por abuso de poder e por prostituição de uma menor de idade. Nos documentos publicados em novembro, o tribunal de Milão havia acusado o político e magnata da imprensa de "alteração sistemática de provas" e de "compra de testemunhas".
Uma investigação foi aberta contra 45 pessoas no total, indicou o procurador de Milão, Edmondo Bruti Liberati, em uma declaração feita à imprensa.
Entre estas pessoas figuram Silvio Berlusconi, seus advogados Niccolo Ghedini e Piero Longo, e várias jovens que compareceram às festas organizadas na luxuosa residência do Cavaliere em Arcore, perto de Milão.
Estas mulheres afirmaram ante o Tribunal ter participado de eventos elegantes na residência de Berlusconi e Ruby negou ter tido relações sexuais com ele.
No entanto, segundo os juízes, foi provado que Ruby teve relações sexuais com o Cavalieri "em troca de dinheiro ou objetos de valor" e que a jovem marroquina formava parte de uma rede de prostituição em Arcore.