O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Han Min-koo, teria omitido intencionalmente informações a respeito do sistema antimísseis americano Thaad (Terminal High-Altitude Area Defense) de relatório entregue ao novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in. A afirmação foi feita pelo porta-voz do gabinete presidencial, Yoon Young-chan, que falou à imprensa nesta quarta-feira.

De acordo com Yoon, a investigação do caso concluiu que, em vez de mandar a versão em que o número total de lançamentos de mísseis era detalhado, o ministro entregou um documento com referências vagas. Essa distinção se deveu ao posicionamento contrário do presidente recém-empossado sobre a implantação do Thaad em solo sul-coreano. O Ministério da Defesa não quis comentar as acusações do gabinete presidencial.

Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento com a omissão de dados para acelerar os planos do Thaad. "Se tem um problema de comunicação, é interno ao governo sul-coreano", afirmou uma autoridade do Departamento de Defesa americano.

Tendo assumido há apenas três semanas, Moon é o primeiro líder de esquerda da Coreia do Sul em dez anos. Ele ainda não montou o próprio gabinete e trabalha com ministros e equipe do governo antecessor, considerado conservador.

Coreia do Sul e Estados Unidos já apresentavam discordâncias desde o início do ano, quando o presidente americano Donald Trump sugeriu que Seul deveria pagar pelo sistema antimísseis Thaad, após a implementação em solo sul-coreano devido às recentes ameaças por parte da Coreia do Norte, com novos testes de mísseis balísticos.

A polêmica do escudo antimísseis extrapola o relacionamento entre EUA e Coreia do Sul. A China se posiciona de forma contrária ao sistema Thaad, afirmando ser uma ameaça à sua segurança nacional. Fonte: Dow Jones Newswires.
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