Nave Soyuz se acopla à ISS após voo de menos de seis horas

Laetitia Peron - AFP
29/03/2013 às 11:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:22
 (Natalia Kolesnikova)

(Natalia Kolesnikova)

MOSCOU - Uma nave Soyuz com três astronautas a bordo - dois russos e um americano - se acoplou com sucesso nesta sexta-feira (29) à Estação Espacial Internacional (ISS) após um voo "express" de menos de seis horas, indicou a Agência Espacial da Rússia (Roskosmos). A Soyuz TMA-08M, que levava os astronautas russos Pavel Vinogradov e Alexandre Misurkin e o americano Christopher Cassidy, se acoplou à ISS às 2h28 GMT (23h28 de Brasília). Os três astronautas decolaram às 2h43 locais de sexta-feira (17h43 de Brasília) do cosmódromo russo de Baikonur, nas estepes do Cazaquistão, e chegaram à ISS em pouco menos de seis horas de voo - contra os dois dias necessários até agora -, graças a um procedimento novo. Esta enorme economia de tempo é possível graças às melhorias tecnológicas que permitem que a cápsula Soyuz orbite ao redor da Terra apenas quatro vezes, contra as 34 necessárias até agora.   O voo "express" foi decidido pela Rússia após o êxito do lançamento de três naves de carga Progress (em agosto, outubro e fevereiro) em direção à ISS, que chegaram à Estação Espacial Internacional após seis horas de voo.   O astronauta russo Vinogradov, que já realizou duas missões internacionais - uma delas na estação espacial russa MIR - elogiou os benefícios de um voo tão curto, que permite, entre outras coisas, que a tripulação chegue em melhores condições para o procedimento de acoplagem.   A redução do tempo de voo também permite levar a bordo materiais biológicos para realizar experimentos na ISS, o que não teria sido possível com um voo de dois dias, explicou o astronauta. "Em um voo tão curto, a tripulação pode inclusive levar um sorvete sem que ele derreta", disse entre risadas Vinogradov.   A Agência Espacial Russa começou a desenvolver um esquema de aproximação "express" a partir de 2011, quando a ISS passou de uma altitude de 350 km para 400 km. A altura da órbita tem uma importância primordial para a viagem à estação.

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