Patrocinadores da Fifa estão preocupados com denúncias de corrupção

Agência Brasil
28/05/2015 às 16:56.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:15

Alguns dos principais patrocinadores de eventos organizados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) manifestaram preocupação com o escândalo mundial que atingiu a entidade máxima do futebol mundial.   Em nota, a Coca-Cola admitiu estar preocupada com a gravidade das denúncias, já que a “controvérsia manchou a missão e os ideais da Copa do Mundo da Fifa”. Embora afirme confiar na federação – que garante cooperar com as autoridades dos Estados Unidos e da Suíça para esclarecer os fatos –, a multinacional frisou que ainda vai se reunir com os representantes da federação para discutir o assunto.   “Como patrocinador, esperamos que a Fifa tome medidas rápidas e imediatas para solucionar essas questões. Isso começa com a reconstrução de uma cultura com práticas éticas fortes a fim de restaurar a reputação dos jogos para os fãs de todos os lugares”, cobra a empresa em nota divulgada à imprensa e investidores.   Professor da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em gestão estratégica e marketing esportivo, Américo Pierangeli acredita que o receio quanto às denúncias podem não só manchar a imagem do futebol mundial mas, também, levar grandes patrocinadores a, pelo menos no primeiro momento, transferir parte de suas verbas publicitárias para outras modalidades esportivas, principalmente as olímpicas.   “Vai ser preciso aguardar o resultado das investigações para sabermos o nível de comprometimento [da Fifa] e avaliarmos o impacto real sobre o futebol, mas é óbvio que as suspeitas prejudicam a imagem da modalidade em todo o mundo. Principalmente em países onde o esporte não é tão popular quanto no Brasil”, disse Pierangeli à Agência Brasil.   “Publicamente, os patrocinadores vão tratar o assunto com prudência, mas cobrando respostas e mudanças. Mas como algumas companhias que investem grandes somas no futebol devem começar a definir nos próximos meses seus planos de marketing para o ano que vem, não será estranho se algumas optarem por direcionar mais recursos para outras modalidades. Pelo menos até a poeira baixar”, acrescentou o professor.

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