Putin acusa Kiev de lançar grande operação militar no leste da Ucrânia

AFP
23/01/2015 às 12:14.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:46
 (Mikhail Klimentyev/Ria-Novosti/Pool/AFP)

(Mikhail Klimentyev/Ria-Novosti/Pool/AFP)

O presidente russo Vladimir Putin acusou nesta sexta-feira (23)as autoridades ucranianas de lançar uma grande operação militar contra os rebeldes pró-russos e de ser responsável por dezenas de mortes nos últimos dias no leste da Ucrânia.   "As autoridades de Kiev deram a ordem oficial para lançar uma grande operação militar que cobre praticamente toda a linha de contato" entre as forças regulares e os rebeldes pró-russos, utilizando "artilharia e aviação" contra setores "populosos", declarou Putin em uma reunião do Conselho de Segurança russo.   "Eles usam artilharia, lança-foguetes e aeronaves, sem distinção" entre os rebeldes e civis, inclusive contra "áreas densamente povoadas", acusou o presidente russo.   "E tudo isso é acompanhado por slogans de propaganda sobre seu desejo de paz, bem como de buscas pelos responsáveis", disse ele.   Mas "a responsabilidade é de quem dá essas ordens criminosas", ressaltou.   Esta "operação" de Kiev resultou em "dezenas de mortos e feridos, não só entre soldados de ambos os lados, mas também, e isso é ainda mais trágicos, de civis", acrescentou.   O presidente russo também indicou ter escrito há uma semana uma carta a seu homólogo ucraniano Petro Poroshenko, propondo a retirada das armas pesadas a uma distância suficiente para evitar ataques a bairros residenciais.   "Infelizmente, não só não recebemos resposta distinta, mas temos visto ações totalmente contrárias" à proposta da Rússia, disse ele.   Putin reiterou que só "negociações de paz e alavancas políticas" poderão resolver o conflito.   "Espero que, em última análise, o bom senso prevaleça" em Kiev, acrescentou.   Vladimir Putin e os membros do Conselho de Segurança da Rússia fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos mortos nos últimos dias na Ucrânia.   Na quinta-feira, o leste da Ucrânia sofreu seu pior dia desde a assinatura, no início de setembro, de um acordo de cessar-fogo em Minsk entre os beligerantes.   Pelo menos 40 pessoas, entre civis e soldados, morreram em 24 horas no leste, de acordo com uma contagem da AFP a partir de dados oficiais do exército ucraniano e das autoridades separatistas.

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