Raúl Castro diz que relação com os EUA não mudará sistema de Cuba

Folhapress
20/12/2014 às 15:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27

Em discurso na Assembleia Nacional de Cuba, o ditador Raúl Castro afirmou que a reaproximação com os Estados Unidos não mudará o sistema político do país e, em gesto ao aliado Nicolás Maduro, criticou as sanções de Washington contra a Venezuela.   "Não se deve pretender que, para melhorar as relações com os Estados Unidos, Cuba renuncie às ideia pelas quais lutou por mais de um século, pela qual seu povo derramou muito e sofreu os maiores riscos", disse Raúl. "É necessário entender que Cuba é um Estado soberano, cujo povo, em livre referendo para aprovar a Constituição, decidiu um rumo socialista", completou, seguido por fortes aplausos.   Raúl celebrou o restabelecimento das relações com os EUA, mas afirmou que o embargo econômico imposto pelo Congresso americano continua sendo o principal obstáculo para a aproximação entre os dois países e exortou os países latino americanos a continuarem ajudando Cuba a derrubá-lo.   Ele confirmou a participação de Cuba na Cúpula das Américas, no Panamá, no ano que vem. Cuba não participava há décadas da cúpula e os países da Alba haviam ameaçado boicotar o encontro, caso os EUA continuassem se opondo à participação de Cuba - isso tudo antes do anúncio da aproximação bilateral.   Por outro lado, criticou as tentativas dos EUA de "desestabilizar o governo legítimo de Nicolás Maduro", em relação as sanções contra funcionários do governo venezuelano com bens nos EUA.   No final, de improviso disse que o regime cubano completa 57 anos "e, com esse povo podemos chegar ao ano 570 da revolução. Viva Fidel. Pátria ou morte. Venceremos!" 

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