HAVANA - A polícia cubana realizou ao menos 364 detenções "arbitrárias por motivos políticos" durante janeiro, o número mais baixo em 13 meses, segundo um grupo opositor.
"Durante o mês de janeiro, documentamos ao menos 364 casos de detenções arbitrárias por motivos políticos, o número mais baixo dos últimos treze meses", ressaltou a ilegal, mas tolerada, Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, liderada pelo dissidente Elizardo Sánchez.
Contudo, a Comissão indicou em seu relatório mensal que "está preocupada com o aumento dos chamados 'atos de repúdio', ações de vandalismo contra as residências de dissidentes e as preocupantes agressões físicas praticadas por 'indivíduos desconhecidos', tudo isso sob um verdadeiro manto de impunidade".
A Comissão indicou que "nos últimos anos o governo deixou de infligir longas condenações de prisão a dissidentes, mas recorreu a detenções sistemáticas por várias horas, dias ou semanas".
"Os números da repressão política em Cuba poderiam ser praticamente nulos se o governo respeitasse as liberdades de expressão, reunião e manifestação", acrescentou a Comissão, que em seu relatório anterior registrou 6.602 detenções em 2012 por motivos políticos.
Na semana passada, a organização americana Human Rights Watch (HRW) afirmou que Cuba continua a ser o país mais repressivo da América Latina.