Soldados italianos acusados de assassinato de pescadores retornam à Índia

AFP
22/03/2013 às 08:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:08

NOVA DELHI - Os dois soldados italianos acusados de assassinato na Índia estão retornando ao país, anunciaram nesta sexta-feira (22) as autoridades indianas, após vários dias de crise diplomática entre Nova Délhi e Roma, que se negava a enviar os dois homens à Índia. Os dois oficiais são processados pela morte de dois pescadores, que confundiram com piratas, quando faziam a segurança de um petroleiro italiano na costa sudoeste da Índia, em 15 de fevereiro de 2012.

Massimiliano Latorre e Salvatore Girone foram autorizados pela justiça indiana a retornar à Itália para votar nas eleições de fevereiro, com a promessa de retornar à Índia antes de 22 de março. O embaixador da Itália na Índia, Daniele Mancini, se ofereceu como garantia do retorno dos militares, mas em 11 de março o governo italiano anunciou que eles não voltariam em consequência da "controvérsia internacional entre os dois Estados".

A Itália considera que o caso não compete à justiça indiana por considerar que os fatos se aconteceram em águas internacionais. A postura provocou a irritação das autoridades indianas, que decidiram impedir a saída do embaixador do país, uma decisão que gerou ainda mais tensão entre os países. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, ameaçou a Itália com "consequências" nas relações bilaterais se Roma não cumprisse suas obrigações. A Itália acusou a Índia de violar a legislação internacional ao impedir que a saída do diplomata.

O governo italiano anunciou na quinta-feira (21) que os soldados retornariam à Índia depois de receber garantias escritas das autoridades indianas sobre o tratamento que os militares receberiam e "a proteção de seus direitos fundamentais". O ministro indiano das Relações Exteriores, Salman Khurshid, saudou o êxito da diplomacia.

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