Tribunal do Vaticano rejeita arquivar acusações de vazamento contra jornalistas

Estadão Conteúdo
24/11/2015 às 15:33.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:04

Um tribunal do Vaticano rejeitou nesta terça-feira (24) um pedido de dois jornalistas para arquivar acusações contra eles por publicarem documentos confidenciais, na abertura de um julgamento sobre o caso. Os jornalistas Emiliano Fittipaldi e Gianluigi Nuzzi são acusados após publicar livros sobre o desperdício, a ganância e problemas de gerenciamento no Vaticano, em parte baseados em documentos confidenciais da Santa Sé.

O julgamento foi aberto apesar de apelos de grupos de monitoramento da imprensa, entre eles o Comitê de Proteção aos Jornalistas e o Repórteres Sem Fronteiras. As entidades pediram o arquivamento das acusações, alegando que a liberdade de imprensa era um direito humano fundamental.

A audiência foi realizada no tribunal criminal do Vaticano, decorado com uma foto do papa Francisco. Após a leitura das acusações, Fittipaldi disse que não era acusado por publicar nada falso ou difamatório, simplesmente notícias. O promotor assistente Roberto Zannotti afirmou que a liberdade de imprensa não estava em questão, mas sim o "comportamento ilícito" dos jornalistas para obter as informações.

Os dois livros foram baseados em documentos produzidos por uma comissão de reforma nomeada pelo papa Francisco para avaliar as finanças do Vaticano e propor mudanças. As outras três pessoas no julgamento pertenceram à comissão: o monsenhor Angelo Lucio Vallejo Balda, Francesca Chaouqui e Nicola Maio. O trio é acusado de formação de uma organização criminosa e de vazamento de documentos confidenciais. Fonte: Associated Press.
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