Não podemos negociar com a Grécia antes do plebiscito, diz Merkel

Estadao Conteudo
01/07/2015 às 10:00.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:42

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reagiu nesta quarta-feira com frieza à última tentativa da Grécia de chegar a um acordo de resgate com seus credores, enfatizando que Berlim não teme uma batalha e que só apoiará um compromisso com Atenas se as vantagens forem maiores que as desvantagens.

"Não podemos ter negociações sobre um novo programa de ajuda antes do plebiscito. Podemos aguardar isso com toda a calma porque a Europa é forte", disse Merkel, durante debate sobre a Grécia no parlamento alemão.

"Um compromisso a qualquer custo seria apenas um resultado com o objetivo de obter um resultado, apenas porque não se pode viver com um conflito porque teme lutar uma batalha", afirmou a chanceler. "Não pode haver dúvida: se a Europa perder sua habilidade de chegar a um compromisso nos quais as vantagens superem as desvantagens, então a Europa estará perdida. Um bom europeu não é alguém que busca um acordo a qualquer custo."

Os comentários de Merkel vêm um dia depois de a Grécia se tornar o primeiro país desenvolvido a falhar no pagamento de uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), na esteira de negociações fracassadas com credores sobre um novo acordo de ajuda. Ontem, também venceu a porção da zona do euro no atual programa de ajuda de Atenas, que tem valor total de 245 bilhões de euros (US$ 272 bilhões).

Horas antes do atual programa expirar, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu uma extensão do resgate e solicitou também um novo pacote de ajuda para pagar cerca de 29,15 bilhões de euros em dívidas que vencem entre 2015 e 2017. Os ministros de Finanças da zona do euro, porém, rejeitaram esse apelo de última hora de Atenas.

A Grécia planeja realizar no domingo (05) um plebiscito para consultar a população sobre as medidas de austeridade que os credores exigem para liberar nova ajuda a Atenas.

Merkel também reiterou que as portas permanecem abertas para negociações com a Grécia, mas deixou claro que o FMI precisa estar envolvido em qualquer novo diálogo sobre auxílio financeiro para Atenas. Fontes: Dow Jones Newswires/Associated Press.
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