Na 'Semana do Consumidor', lojas de Belo Horizonte dão descontos de até 80%

Rafaela Matias
12/03/2019 às 20:06.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:45
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

O Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, não passará em branco na capital mineira. Para atrair a clientela e desovar o estoque, o varejo de Belo Horizonte oferece descontos que vão durar a semana toda, com produtos que chegam a custar 80% menos, prometem lojistas. 

Conforme a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a data é estratégica para o comércio, e a liquidação em massa tenta criar espécie de Black Friday do primeiro semestre. Neste ano, cerca de 30% do varejo físico da capital vai aderir. No ambiente digital, a adesão já chega a 70%. 

A Etna, localizada na avenida Raja Gabáglia, está com produtos até 80% mais baratos em todos os setores da loja. Um exemplo da queda nos preços é um tapete de algodão natural, de R$ 749,90 por R$ 149,90. Nas unidades da Leroy Merlin, os descontos chegam a 30% em diversos segmentos. Um dos destaques são opções de almofadas por menos de R$ 15. 

Já nas redes Ponto Frio e Casas Bahias, os eletrodomésticos são destaque. O Ponto Frio oferecerá descontos até o fim do mês, com foco em eletrodomésticos e eletrônicos. O preço da TV Smart LED 55’’ da Sonyc caiu de R$ 3.699 para R$ 3.199. Já na Casas Bahia, o ar-condicionado Split Consul está com 39% de redução: de R$ 2.639,80 por R$ 1.599. 

“É uma semana importante e que tende a ficar cada vez mais conhecida. O varejo é carente de datas no primeiro semestre, e os empresários abraçaram a Semana do Consumidor, assim como a Black Friday se consolidou no segundo semestre”, afirma Fernando Cardoso, vice-presidente da CDL/BH. 

Segundo ele, a vazão de produtos representa uma oportunidade de girar o estoque e melhorar o fluxo de caixa. “As lojas também podem utilizar esse momento para fidelizar os clientes, dando descontos ainda mais atrativos para frequentadores assíduos”, sugere. 

A engenheira Priscila Malacco, de 28 anos, vai aproveitar para comprar utensílios domésticos. “Como estou reformando o meu apartamento, acabo tendo muitos gastos, e essas promoções ajudam bastante”, diz ela, que também pretende avaliar os preços da geladeira e da televisão que está acompanhando há meses. “Se o preço estiver realmente baixo, vou aproveitar”, diz.

Quem gosta de viajar também pode se dar bem. A MaxMilhas, plataforma que vende passagens aéreas com desconto, traz ofertas na semana, incluindo redução de 10% para destinos como Estados Unidos e países da América Latina. Na Decolar.com o cliente pode dividir a compra e pagar parcelas menores que R$ 99. 

Já a Costa Cruzeiros dá descontos de até 20% em roteiros internacionais. A campanha promocional, válida até 31 de março, inclui cruzeiros pelo Mediterrâneo e pelo Norte Europeu com embarques na Itália, Espanha, Alemanha, Suécia e Holanda.

Produtos eletrônicos, de moda e saúde são mais procurados 

s categorias de produtos preferidas pelo público na Semana do Consumidor são moda e acessórios (52,2%), eletrônicos (46,1%) e beleza e saúde (45,7%), segundo pesquisa realizada pela Social Miner, empresa de tecnologia especializada em sites e e-commerces. Embora ainda seja pouco conhecida  - 53% dos entrevistados afirmaram desconhecer a data  - a semana de promoções está crescendo a cada ano.

As buscas no Google relacionadas ao Dia do Consumidor praticamente dobraram de 2017 para 2018. Atualmente, cerca de 35 milhões de pessoas reconhecem a data comercial no Brasil.

O ticket médio também não é baixo. Dados da Social Miner mostram que 57% dos que vão comprar na data planejam investir mais de R$ 200 em compras e, para pagar essa conta, os consumidores disseram preferir usar o cartão de crédito.

Conforme a Ebit|Nielsen, empresa referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro, a estimativa de faturamento na Semana do Consumidor em 2019 deve chegar a R$ 258 milhões, o que equivale a uma alta de 18% com relação ao ano anterior.

Em Belo Horizonte, a data também tem potencial, conforme pesquisa divulgada pela CDL/BH. Segundo Fernando Cardoso, vice-presidente do órgão, apenas 30% dos consumidores sabiam que as promoções seriam realizadas, mas 84% se disseram interessados em pesquisar mais. “As pessoas se mostraram atraídas e propensas a aproveitar os preços baixos”, diz.

Para que o consumidor possa aproveitar sem entrar no vermelho, a economista Mafalda Ruivo Valente, professora de economia da faculdade Promove, afirma que o principal é focar naquilo que realmente precisa. “A ideia é a mesma da Black Friday: comprar apenas o que será útil e não se comprometer com gastos desnecessários, só porque está barato”, orienta. Segundo ela, também é melhor evitar compras parceladas com juros no cartão de crédito. “Se as taxas forem muito altas, vão acabar anulado o desconto”.

O consultor de finanças Paulo Vieira orienta os consumidores a negociarem bastante, aproveitando a variedade de ofertas, e fazerem pesquisa de preços. “Vale a pena avaliar os descontos do mesmo produto em diferentes lojas e canais de venda físicos e on-line, para poder negociar e aproveitar ao máximo a liquidação”, diz Vieira.

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