Natal deixou a desejar para lojistas de shoppings da RMBH

Janaína Oliveira
joliveira@hojeemdia.com.br
27/12/2017 às 20:16.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:28
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O Natal deste ano foi bem mais gordo para as lojas de shoppings na Região Metropolitana de Belo Horizonte do que no ano passado, quando as vendas encolheram 7%. Porém, o volume ainda está longe do desejado. Levantamento da Associação dos Lojistas de Shoppings de Minas Gerais (Aloshop) aponta para um crescimento de 3,8% no comércio de presentes entre o dia 1º e 24 deste mês. A expectativa, entretanto, era bem maior, entre 8% e 10%.

“Foi um Natal bom, considerando as dificuldades do ano de 2017. No entanto, o resultado ainda está distante do ideal”, diz o superintendente da Aloshop, Alexandre Dolabella França.

Segundo ele, surpreendentemente, o setor de joias e semijoias foi o que obteve o maior crescimento nas vendas (7%), seguido de perto por eletrodomésticos e eletroeletrônicos (6,5%). Em terceiro lugar apareceram os segmentos de brinquedos, queridinho das crianças, e de óticas, ambos com aumento de 5%. Já vestuário, cama, mesa e banho, e calçados e acessórios venderam 3% mais, ante 2016. Móveis e decoração e artigos esportivos, entretanto, avançaram apenas 1,5%.

“Temos que lembrar que a base de comparação é muito baixa. E se por um lado a inflação e os juros baixos contribuíram para a confiança do consumidor, por outro, a Black Friday atrapalhou, engolindo parte das vendas que seriam do Natal. Outro fator que prejudicou foi o não pagamento do 13º do funcionalismo público”, afirma.

Segundo ele, também houve melhora no tíquete médio, embora o valor não tenha sido revelado. Já o número de clientes namorando vitrines e dentro das lojas foi um pouco menor. Um dos motivos, de acordo com França, é a concorrência com o e-commerce. “As vendas na internet impactam demais. Tanto é que o setor comemorou crescimento de mais de 10% nas vendas”, diz.

A pesquisa da Aloshop ouviu lojas de pequeno e médio porte dos shoppings de BH e Contagem. Já a Aloshop nacional, que divulgou aumento de 6% nas vendas neste Natal, considera também o resultado das grandes redes. “A metodologia é diferente”, explica França.

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por