No Lollapalooza, Lenny Kravitz traz a vida depois do 'apocalipse'

Estadão Conteúdo
06/04/2019 às 21:20.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:07
 (Divulgação)

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Lenny Kravitz parecia dar o grito que estava preso em uma plateia cansada, que já havia passado por um entra e sai do autódromo, uma ameaça apocalíptica da produção do Lollapalooza e um corre-corre para fugir da chuva.

Fly Away veio com força, com Lenny cheio de vontade de reativar o fogo que havia desaparecido dos palcos. A segunda foi Dig In, outro hit mas que só precedeu o maior barulho que seria American Woman.

Rock and roll puro, traficado dos anos 70 da banda canadense Guess Who, com a força de um som de guitarra cortante que o Lolla ainda não havia sentido neste ano.

A música acaba e volta em um ritmo de reggae para um longo e quase extinto solo de guitarra.

Lenny fez muita gente dançar com um espírito já vintage quando cantou It Aint Over Till Its Over. Tudo perfeito, vocal, solo, banda classuda e sem firulas.

Foi um tratamento de choque que Lenny decidiu fazer enfileirando músicas tão poderosas. Always on the Run ficou arrebatadora, exatamente como no disco Mama Said, com um trio de metais.

Era talvez a cota dinossáurica do Lolla. É cada vez mais evidente que o rock mudou em um festival assim. Muita eletrônica, climas espaciais, camadas cool.

Mas aí Lenny toca Again, uma simples balada roqueira, e percebemos o quanto precisamos disso.

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