Novo Corolla: testamos as versões híbrida e 2.0 flex

Marcelo Ramos
07/09/2019 às 01:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:27
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

GUARUJÁ (SP) – O Toyota Corolla goza de boa fama no mercado devido a combinação de durabilidade, boa revenda e qualidade. Dificilmente o amigo encontrará alguém que tenha ou já teve o sedã na garagem reclamar desses quesitos. Tão bem quisto, é natural que o modelo seja líder há cinco anos consecutivos.

Dessa forma, a Toyota deitou-se em berço esplêndido e assistiu os rivais apresentarem importantes inovações como adoção de motores turbo, conjunto de suspensão independente, transmissões mais modernas e uma infinidade de tecnologias que eram ficção no japonês. Mas chegou uma hora que era preciso dar um passo à frente.

Ao invés de apostar em motores turbo para construir um Corolla mais eficiente, a fabricante japonesa fez uso da experiência com motores híbridos. A marca foi pioneira no setor com o Prius, há 20 anos, e resolveu aliá-lo a um dos automóveis mais vendidos do planeta.

Ao volante
Durante a apresentação do Corolla, conferimos como ele se comporta na prática. A união dos motores 1.8 (de 101 cv e 14,5 mkgf) e os dois módulos elétricos, que entregam 72 cv e 16,6 mkgf, oferecem ao sedã ótimo comportamento.

Quando se dá a partida, é difícil perceber que o carro está ligado, pois nesse momento apenas o módulo elétrico está em ação. Ele segue assim em baixa rotação e os quatro cilíndros entram em ação quando há demanda de mais potência. Nessa hora se percebe um leve ruído.

Sem conta-giros, há um relógio analógico que indica como o conjunto opera: recarga (quando a inércia atua no deslocamento); Eco (que indica que os módulos elétricos estão em conjunto com o 1.8) e Power (quando os três motores entregam o máximo). Mas tudo isso é imperceptível.

Outro ponto de evolução do Corolla foi a suspensão. O modelo adota conjunto independente na traseira, que tornou o comportamento dinâmico muito melhor. Ele continua privilegiando o conforto, mas com muito mais estabilidade nas curvas.

Porém, o que mais chama atenção no veículo híbrido é a eficiência. Rodamos na cidade e na estrada. Ao fim do teste, o computador marcava média de consumo de 17 km/l e autonomia de 800 quilômetros, enquanto seu irmão 2.0 exibia 6 km/h e 176 quilômetros com meio tanque.

2.0
Não há como negar a boa fama do Toyota Corolla. Mas também não se pode omitir que sempre faltou um pouco de tempero ao sedã japonês. Os 154 cv da antiga unidade 2.0 estavam longe de ser uma referência em esportividade, ainda mais os 20,7 mkgf de torque nunca fizeram dele um garanhão.

Agora, o novo motor 2.0 chega repleto de sofisticação. A começar pelo sistema de injeção direta e indireta, que alterna de acordo com a demanda de força. Outro recurso o comando duplo comando de válvulas com variação elétrica para admissão e hidráulica no escape. Assim a unidade entrega 177 cv e 21,4 mkgf de torque, que deixaram o sedã mais ágil.

A combinação com a caixa CVT (com programação de 10 marchas) opera de forma suave e rápida, o que deixou o carro muito mais interessante de dirigir. A pecha de “vovozão” ficou no passado.

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