Novo HB20: Colocamos o motor turbo à prova

Marcelo Ramos
20/09/2019 às 19:55.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:52
 (Hyundai)

(Hyundai)

COMANDATUBA (BA) – A chegada do novo HB20 é a jogada da Hyundai para se adequar ao atual cenário de compactos no Brasil. O carrinho passou por extensa atualização visual, mas manteve a plataforma original. Falar sobre o design já é assunto passado, mas não há como reconhecer que ele gera inquietação. No entanto, o que importa é o que está debaixo da silhueta. 

No habitáculo e no cofre do motor o HB20 evoluiu. Mas essa evolução só é presente nas versões topo de linha, que agregam itens como bolsas laterais, frenagem emergencial (que testamos na prática num campo de provas montado em uma pista de pouso), e comodidades como chave presencial, multimídia (com câmera de ré, Apple CarPlay e Android Auto), bancos em couro e controle de estabilidade.

O HB20 Diamond Plus 1.0 turbo ainda tem itens não tão nobres, como ar-condicionado com tela digital (mas sem regulagem de temperatura eletrônica) e quadro de instrumentos parcialmente digital e que não permite modificar o layout – como era na primeira geração do Onix.

Turbo
Mas é sob o capô que o HB20 revela seu verdadeiro trunfo. A unidade turbo TGDi três cilindros 1.0 de 120 cv e 17,5 mkgf de torque une desempenho e eficiência. Na estrada, foi possível ver como o carrinho se comporta. 

As acelerações são espertas, e quando o conta-giros passa dos 2 mil rpm, ele dá uma estilingada, que indica que o turbo está cheio. Bem plana, a curva de torque oferece toda força entre 1.500 e 3.500 rpm. Ou seja, não é preciso esgoelar o motor para conseguir força. Já na pista de testes, ele também se mostrou arisco. Foram necessários aproximadamente dois quilômetros para o carrinho vencer os 180 km/h. 

Suspensão e freios
O HB20 freia bem, e muito em função do baixo peso, que também contribui para o bom comportamento. Seu peso varia de 990 a 110 quilos. Já a suspensão é firme e tem curso curto. E sofre nos pisos irregulares e lombadas. 

O Sedã
Na apresentação do novo HB20 estavam presentes os três integrantes da família: hatch, sedã e aventureiro. O terceiro só pode ser visto – não estava disponível para teste. A razão é que ele chega apenas em dezembro e ainda deverá passar por mais ajustes. Mas estava lá para quem quisesse ver.

No entanto, o sedã estava disponível para o teste rodoviário. Testamos a versão mais sofisticada, Diamond Plus, que oferece o mesmo pacote do hatch topo de linha, mas é o mais caro do portfólio de 22 derivações, custando R$ 81.290.

O sedã se diferencia do hatch não apenas pelo porta-malas destacado, que lhe garantiu uma silhueta mais harmônica, mas também pelo acabamento interno. A Hyundai aplica revestimento em tom marrom para o hatch e cinza para o sedã. Assim, ele também agrada bastante por dentro.

No restante, são iguais. As proporções são as mesmas. O HB20S acomoda bem quatro adultos, mas o espaço para as pernas de quem viaja é inversamente proporcional à estatura de quem viaja na primeira fileira. 

Os 2,53 metros de entre-eixos, apesar de 3 cm maior que o anterior, ainda não são capazes de criar uma sala de estar lá dentro. Seu porta-malas também não é o mais volumoso do mercado, com 475 litros.

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