A partir de julho, as emissões de boleto bancário no país passarão a ser registradas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está implantando gradativamente a Nova Plataforma de Cobrança, que busca reduzir o crescente número de fraudes na emissão dos documentos.
Com a Nova Plataforma, os boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer banco, que atualizará automaticamente as informações sobre juros e possíveis multas sem a necessidade de impressão da segunda via. Além disso, o sistema evitará o pagamento em duplicidade.
Anualmente, são pagos no país cerca de 3,7 bilhões de boletos bancários referentes à venda de produtos ou a serviços realizados.
No novo sistema, o pagamento será permitido apenas se não houver divergência de dados. Caso existam erros no documento, o débito só poderá feito no banco que gerou o boleto.
De acordo com a Febraban, a instalação do sistema deve ser concluída até dezembro, permitindo o pagamento de boletos de qualquer valor.
Conforme o cronograma da instituição, em julho já estarão no novo sistema os boletos acima de R$ 50 mil. Nos meses subsequentes, serão incluídos os de valor inferior a esse montante.
A expectativa da Febraban é reduzir a zero as chances de fraudes na emissão dos boletos, que geram um prejuízo anual de aproximadamente R$ 400 milhões.
Nos documentos sem registro, como são emitidos hoje, as principais adulterações ocorrem na substituição de códigos de barras, principalmente em guias de escolas, condomínios e seguradoras.
“O corpo do boleto fraudado é bem parecido com o original, tem o nome do banco, da instituição que receberá o pagamento, mas o código de barras vem adulterado. Normalmente, o equipamento não faz a leitura dele, o que obriga a pessoa a digitar os números”, explica Walter de Faria, diretor-adjunto de Negócios e Operações da Febraban.
O novo sistema de emissão de boletos registrados deverá ser contratado pelas empresas junto aos bancos, mas a Febraban não informou valores.
Até dezembro deste ano, todos os boletos emitidos deverão estar registrados